Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


12
Jun 18

Este sol, que nasce como se não tivesse força para romper as nuvens que impõem sua a presença neste junho que corre frio e sem oportunidade de oferecer aqueles dias mais luminosos, é o prenúncio de um verão que chegará pouco determinado. Não há ainda aquela leveza que junho traz, aquela alegria que os seus dias emprestam e que ajudam a esquecer a chuva e o frio desconfortáveis que o inverno impôs para que a renovação aconteça quando a primavera e o verão, ainda que pouco expressivos, cumprirem o calendário. Corre um junho enganador que põe à prova todo o desejo de sol, luz, calor, que contraria a vontade de me sentir mais leve e livre para usufruir daqueles dias de sol quente que ajudam a carregar as energias que o inverno, mais triste, frio e sombrio, suga impiedosamente. Junho, de arraiais e ribombar de foguetes, de festas e festivais, de romarias e procissões, de Santos populares e tradições, de manjerico e alfazema, de cheiro a sardinha assada pelo ar, chegou tão enganador, que a alegria parece estagnada. Paciência! Com estas mudanças climáticas que estão a acontecer, com ou sem chuva, com mais ou menos nuvens, com um sol mais pálido ou mais radiante, junho continua a ser o mês que atrai, ainda que a sua mística se esconda atrás de um céu mais nublado e menos azul e luminoso. Não é máscara chuvosa e fria que veste que me impede de o olhar como a charneira entre o cinzento e o azulado, o inverno e o verão e, ainda que o sinta enganador, suspiro pelos dias de sol intenso que possa oferecer. Em cada ano que passa, está sempre latente a renovação daquela esperança que não me larga porque, faça sol ou faça chuva, junho é sempre junho.

barcos à vela1mcafe.png

 Barcos à vela passando no mar que se avista do meu terrraço

 

publicado por momento do café às 13:40

19
Set 14

Na anunciada e molhada partida do verão que nem sequer por cá andou e nem pediu desculpas pela sua ausência, são surpreendentes os pedidos de "desculpas" e a assunção de responsabilidades políticas dos responsáveis pelas pastas da Justiça e da Educação. São atitudes que, por mais humildade que deixem transparecer, não passaram de formalidades sem conteúdo direto e consequente, não repõem a credibilidade, são só para cidadão ver. Quem governa pode errar, o ser humano é falível, mas porque detém o poder executivo tem o dever de saber e conhecer, ver e entender, prevenir e evitar erros que possam ocorrer com a decisão que toma e prever as consequências prejudiciais e de difícil resolução que podem emergir antes, durante e depois que todo o processo e os procedimentos sejam iniciados. Não se exige que um governante seja um dotado especialista, mas deve entender e ter conhecimentos sobre a área que tutela. Exige-se que na sua equipa haja gente competente e não os "mártires" que vão carregar todo o descontentamento dos cidadãos quando a "coisa" dá para o torto. Quem governa deve assumir a culpas quando comete errros. Um simples pedido de desculpas não os desculpabiliza de nada. Exige-se, sim, a coragem de tomar uma atitude política, entenda-se, um pedido de demissão.

publicado por momento do café às 12:22

05
Set 14

A empreitada chegou ao fim. Não foi nada fácil. Ao fim de um mês, e sob um verão que se mantém tímido, sobram o cansaço e o alívio de que tudo que havia para fazer está feito. A decisão estava em marcha e destralhar a moradia de dois pisos e o sótão seria uma obra penosa, mas de coragem. Tanta sebenta, tanta fotocópia, cadernos A4 e A5 com exercícios realizados, livros de estudo… mas era necessário aquela ação de despejo. Quanta tralha acumulada nas estantes do sótão, caixas com peluches da A., até brinquedos do João e do Tiago, chávenas de café de uma suposta coleção que o M.D. iniciou, distribuídas por cestas tipo piquenine, cheias de pó e que nunca passaram de um ajuntamento numeroso e bem poeirento. Enfileiradas nas prateleiras, inúmeras pastas de arquivo com a planificação de aulas, testes avaliação, registo de avaliação de alunos, várias caixas grandes, tipo Ikea, onde ainda foram encontrados livros do 12º do M., disketes sem conta e já passadas ao estado obsoleto, cd`s com trabalhos académicos guardados, material eletrónico por todo o lado, incluindo as gavetas dos roupeiros. Um horror! O apego afetivo às tralhas que se acumulam, ano a ano, contribui para que tomem conta de tanto espaço em casa e, depois, vem aquela pouca vontade, sempre adiada, de se fazer uma limpeza radical, um trabalho tão necessário quanto odioso. A certa altura, quando toda a ação de limpeza se torna inadiável e se vai concretizando,  os montes de papel, essa tralha “esquecida” por diferentes espaços da casa, parecem emergir de todos os cantos e sente-se aquele pó que deixa marcas escuras de sujidade nas mãos. Irrita e arrepia de repulsa. Só apetece largar tudo e, mais uma vez, adiar o trabalho de destralhar a casa. Mas como o que tem de ser tem muita força, desta vez teve de ser. E foi. Trabalho cumprido!

publicado por momento do café às 11:29

11
Ago 14

Uma persistente nebulosidade vem cobrindo agosto e, em tempo de honrarias e foguetório ao santo padroeiro de uma qualquer terrinha, o que está a marcar o rebuliço do verão nacional é a queda de um santo financeiro. Nem os sons festivaleiros, a bombar por todo o lado, conseguem silenciar o estrondo que acordou a pasmaceira estival. Um grito de "sacanice" ouviu-se, tomou conta do verão, e nem o Espírito Santo, o divino, conseguiu contrariar tanto "diabolismo" à solta. Pés de barro e soou o eco do trambolhão ruinoso! Um brado aos céus! A tranquilidade dos dias de veraneio foi quebrada desde que um santo financeiro perdeu a tramontana e é ver o burburinho que corre. Um espírito do mundo financeiro caiu do altar com desmedido impacto que cavou um buraco descomunal. A poeira tóxica que levantou é de tal perigosidade que muitos, uns gananciosos e outros incautos, jamais verão o "cacau" que investiram. O tal espírito, santo que pululava entre os mundos financeiro, económico e o poder político, vai procurar uma saída airosa. Será mais um momento déjà vu porque os da avidez pelos ganhos e os tristes enganados, tão confiantes nas lides da alta finança, arriscaram e perdem milhões, apanham os cacos da ganância e aprendem que os santos financeiros não fazem milagres, mas que há talento para o engodo. E, de toda a situação que atravessa este verão tão arredio, sobrou um bad bank para além do santo da tramoia dos milhares de milhões e dos tramados pela ganância. A procissão ainda vai no adro e os anjinhos do costume já receiam que, mais uma vez, tenham de pagar o prejuízo que resulta de tanta desfaçatez. 

publicado por momento do café às 09:48
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17
Jul 14

Enquanto o verão acontece, o maior partido da oposição, em atitude de entendimento interno inconseguido, enfrenta a disputa pela liderança. Desgasta-se, que o tempo de decisão quis-se demorado. As inscrições para as eleições primárias já decorrem, marcam o tempo, o que cumpre o calendário e o que desenha o verão e, em plena silly season, que parece que já não é o que deveria ser, capitalizam-se eleitores. Há uma luta que atravessa o costumeiro marasmo político de verão, quando relógio do tempo não para, nem se compadece com as incertezas de um destino político traçado ao longo de uma fastidiosa linha temporal que se quer ver cumprida pelo Partido Socialista (PS), dividido entre os apoiantes do líder e os do candidato seu concorrente. Disputa e dúvidas vivem-se no PS. Tempo consentâneo com certas manhãs de julho que emergem do nevoeiro denso que desce e esconde o sol, pouco seguro, que não corresponde aos anseios das gentes, que não se decide a dar um ar do seu brilho e da sua força. Tudo segue temporizado até que as eleições primárias se consumam, então, sob o respiro outonal e para que delas emane o vencedor, o próximo líder, o mesmo ou o novo, o candidato a primeiro-ministro.

*Em destaque no Blog dos Blogs do Sapo, em 20-05-2014

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publicado por momento do café às 16:21

12
Set 13

Negócios ruinosos. Contratos firmados ao arrepio dos interesses do Estado e dos cidadãos. E ”nisto” não há inocentes. Riscos à mercê do poder financeiro. E do económico, também. Custos e perdas. Até a perda da vergonha! A crise. E a Troika, a contenção, a austeridade. A insensibilidade social, também. Sacrifícios e mais sacrifícios. Para quê? O sorvedouro incalculável! As contas de subtrair nos bolsos dos cidadãos. O verão na reta final! A preparação do OE para 2014. A 8ª e a 9ª avaliações da Troika. O corte nas pensões (aqui). Como estas atrapalham as contas do orçamento e as “conversas” com Troika! Afinal, há gente que tem a desfaçatez de envelhecer vivendo da pensão de aposentação ou da sua reforma que lhe foi garantida após dezenas de anos de trabalho e de descontos para CGA ou SS! Um conselho. Só um, mas radical! Como nas hostes há imaginação, delete- se a "peste grisalha”(aqui)E com a garantia de "descontaminação" e de poupança (aqui) que passará a um número mais expressivo!

publicado por momento do café às 10:26

04
Set 13

Hoje completas 18 anos, idade com um grande significado. Chegas à  maioridade. Vens caminhando sempre seguro, fruto da criação e do crescer de uma Equipa que merece um grande abraço de Parabéns. Um dia, ainda eras bem pequeno, para o meu neto João, que na altura estava com 2 anos e ficava encantado com o teu saltitar pelo monitor do PC, escrevi estes simples versos. Hoje, sabe bem recordá-los. Parabéns Sapo!

O sapo liberta-se

 

Já sentado

tão sossegado,

no colo da vovó,

João gosta

do que mostra

ali, o monitor

do computador.

Faz-se clique

para que se fique

a navegar

assim na Internet

que tanto diverte.

João quer olhar

aquele sapo

tão esverdeado

que vai saltar

de lado pra lado.

Gosta desse safado,

sapo amalucado,

saltitante,

inquietante

que diverte

na Internet…

que espreita

daqui e dali

e se esconde

ali e aqui.

João agita-se.

Entusiasma-se.

De voz aberta

 exclama:

” O sapo liberta-se”.

             in  Rimas pró João

publicado por momento do café às 11:03

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Porto e o Douro

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Boa Nova: Farol e mar

Do terraço vejo o mar...

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