José Saramago, prémio Nobel da literatura, tem convicções e não se coíbe de as assumir, mesmo que polémicas. Como Saramago, eu também tenho convicções e gostos. Confesso que o Deus da Bíblia, que é o meu Deus, não me dotou com o gosto pelo estilo dos livros de Saramago. Mas desvalorizo este meu “défice”. Por isso, a definição que José Saramago faz da Bíblia, eu também não valorizo. As suas convicções e as conclusões que expressa não me suscitam reacção. As suas razões, eu não as ponho em causa. Seria potenciar um juízo valorativo por uma controvérsia que me suscita um interesse muito relativo, puramente informativo. O país, intelectualmente e sob o ponto de vista da religiosidade do povo português, não ficou mais rico nem mais pobre. Tanto alvoroço, tanta indignação! O prolongamento da reacção é enfadonha. Ser polémico tem a importância que tem. Isto é, importância, q.b..