Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


11
Out 13

Depois que ouvi PPC a falar do choque de expectativas que aí vem, confesso que continuo mais apreensiva quanto ao destino do país. Já levei com tantos choques acionados por este governo PSD/CDS que, mais choque, menos choque, tenho de continuar a “gramar” a pílula da austeridade, em doses cada vez mais agressivas, cheias de contraindicações, com muitas reações adversas e sem cura que se vislumbre. Os choques continuados de medidas austeras causam tal trauma, que a ferida — o défice — continua aberta, putrefacta. O curativo, continuadamente usado pelos mata-sãos, exige, cada vez mais, outras medidas assépticas. E, mais uma vez, vou ter de lhes entregar a bolsa e deixar que nela façam mais cortes para expurgação e cura do défice.

Entretanto, vou pensando se o choque de expectativas referido por PPC, para além do que OE2014 nos reserva, poderá adivinhar um 2º resgaste...

publicado por momento do café às 11:00

18
Jan 13

Com a democracia, pensava eu que a liberdade de informação estaria definitivamente instalada no meu país. Mas não. Temo que os media possam sofrer pressões de cariz censuratório, como se pretendessem condicioná-los ao jugo de um novo estilo de censura, a restrição à informação. Encetam-se tiques de controlador. Democracia, transparência, liberdade de informação ficam à porta. Eu, cidadã comum, perante tal facto, tenho o receio legítimo de que, cozinhada nos meandros do poder político, uma "nova censura" use de manigância com o objetivo de silenciar aqueles que, na comunicação social, informam com isenção e abalam o status quo sempre que cumprem o direito e o dever de informação. Esta é minha nota pessoal, o meu direito à liberdade de expressão, ainda sobre a conferência e o debate da reforma do Estado, aberta à sociedade civil (?!) que decorreu no Palácio Foz. 

publicado por momento do café às 12:05

27
Nov 12

Resumindo… depois de saturada negociação entre a maioria que suporta o governo (não, não foi a oposição) e o ministro das Finanças,  elimina-se o número 4. No seu lugar, escreve-se 3. À direita do 3, coloca-se a vírgula e escreve-se um 5. E reduz-se a anunciada sobretaxa de 4%  para 3,5% em sede de IRS. Uma vitória. E puro exercício de ilusão!. E eis que vai sair a aprovação do OE2013 com os votos dos deputados da maioria. E a declaração de voto dos mesmos. Estranho!

publicado por momento do café às 12:02
sinto-me: Descontente

11
Nov 12

A Alemanha, que há muitos anos acolhe tantos emigrantes portugueses, conhece a boa índole e a qualidade de trabalho das gentes de Portugal. Se assim não fosse, não nos quereria lá. Face a esta realidade, não quero nenhum vídeo promocional sobre os portugueses. Eu quero, sim, um vídeo em que os políticos, os ex-políticos metidos a comentadores e a analistas situacionistas, ou a porta-vozes informais dos sucessivos governos viessem mostrar a qualidade dos governantes e da política portuguesa. Imagens de gente impreparada, incompetente, que não sabe cuidar da coisa pública e nada percebe da causa pública. Gente que se agarra à política para dela fazer o seu "métier". Perante imagens da verdade sobre a qualidade enganadora dos políticos de Portugal, o povo alemão e a Sra Merkel talvez viessem a reconhecer a razão do nosso empobrecimento e da desesperança que nos abala. E talvez, ainda, compreendessem a vergonha por que estamos a passar e esta indignação que não nos silencia.

publicado por momento do café às 11:03

02
Nov 12

Era uma vez um lindo jardim quadrilongo, plantado à beira-mar, onde, sob o indefinível zunzum de incontáveis insetos que ali esvoaçavam, viviam uns gafanhotos gigantes que, unidos por um incontrolável apetite, saltitavam sem limites e buscavam todas as oportunidades que os conduzissem ao mais promissor e farto devorismo. Aqueles gafanhotos, com desmedida e voraz ambição, arrastavam muitos outros que, movidos pela ganância e, como predadores que eram, se lhes juntavam para se converterem numa praga insaciável que engordava descomunalmente. No jardim, todos os insetos os reconheciam como gafanhotos gigantes, confiáveis, insetos de bem, acima de qualquer suspeita. O comum dos insetos que tranquilamente zoava por ali, tão confiante e transbordando ingenuidade, jamais pensaria que tal praga de gafanhotos gigantes pudesse causar tamanha devastação no jardim quadrilongo. Gafanhotos gigantes, máscaras de seriedade, escondiam a avidez pela colheita fácil e, em ataques devastadores e menos claros, provocavam um enorme flagelo predatório no jardim, infligindo-lhe um ruinoso dano. Todos os insetos, no jardim, tinham como certo que o grilo com a função de supervisão da atividade dos gafanhotos gigantes, inseto bem remunerado e cercado de muitos privilégios, estaria atento a toda aquela voracíssima onda polífaga. Mas tal ação de zelo não acontecia. O grilo zelador, inquirido, estridulava ingenuidade e excessiva credulidade no mais destacado gafanhoto gigante daquela praga destruidora. O resultado redundava em estragos de grande monta que os grilinhos falantes, eleitos democraticamente e então governantes do jardim, já em desespero de causa, decorria um domingo de outono, tiveram de o mandar ajardinar, em modo "nacionalização". Outros outonos passavam. Comissões de inquérito depois, no jardim quadrilongo, chegava mais um outono e, sem factos concretos nem provas novas, tudo continuava por esclarecer sobre a colheita danosa que uma Brutal Praga Nefasta de gafanhotos gigantes tinha infligido ao jardim quadrilongo, plantado à beira-mar, a sudoeste da Europa.

publicado por momento do café às 12:08

20
Out 12

Portugal fica mais pobre por largos anos. Mais pobre! Lá fomos (sem canto, nem riso) de mãos estendidas à "caridade" externa. Dependemos da ajuda "dos outros" e o país tem de ser governado com medidas que nos impõem sacrifícios para cumprir os compromissos firmados. Isto é soberania? E por que se chegou a este sufoco? Portugal sempre teve tendência e gosto para viver acima das suas posses, dizem. A realidade é bem outra. Os cidadãos comuns estendem as mãos e agarram o trabalho, bem precioso que não querem perder, pagam impostos, cumprem as obrigações fiscais... e acabam por pagar, de toda a forma e feitio, o "pato" que os responsáveis pelos sucessivos governos foram engordando e que o governo atual não consegue emagrecer. Com um governo sem ideias para queimar as gorduras, vemo-nos gregos para pagar o "pato".

publicado por momento do café às 11:30

02
Out 12

Fala-se. Ouve-se. Vê-se. Sente-se. Crise! Impiedosa. Prende o sonho. Amarra a esperança. O estrebucho. O grito. O desespero. Quem acode? Cenário de crise, silêncio de atores políticos. Cegueira, surdez. Crise de ideias e de sabedoria. Crise de inspiração. No guião, a arte da austeridade. Imposta. Visível e sentida. Sofrida. Coerente na abundância. Em cena, meros figurantes políticos. Fazedores de política sem respostas assertivas. Avanços e recuos. A marcação da ignorância. E da omnipresença da incompetência. Assustador. Cada vez mais.

publicado por momento do café às 19:06

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Boa Nova: Farol e mar

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