Um sonido ensurdecedor entoado por incalculável número de insectos de todos os quadrantes daquele jardim quadrilongo à beira-mar, ali a oeste da Ibéria, ouve-se e vem no mesmo sentido. É o toque de alerta quando a liberdade de zumbir está em perigo. Logo a grilharia, em todas as frentes, ataca aquele ruído. Nenhum dos grilos cantantes desafina na atitude de protecção ao grilo-mor que se vê confrontado com relevações que, alegadamente, parecem apontar para o seu desejo de condicionar o zunzum disparado por tantos insectos que se movimentam naquele jardim , soltando um zunido que o tanto o incomodam. Todos os grilos estridulam quando o canto do patrão grilídeo é exposto ao desconforto da dúvida e planeiam acções para que todo aquele zumbido impertinente não o embarace. É o momento “do toca a reunir” toda a família grilídea, é obrigatório que todos os grilos cantem harmoniosamente. Não há lugar para os desafinados, e os grilos fazem o canto do compromisso, entoando o mesmo estribilho e sem alterações: não comento mexericos