Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


02
Nov 12

Era uma vez um lindo jardim quadrilongo, plantado à beira-mar, onde, sob o indefinível zunzum de incontáveis insetos que ali esvoaçavam, viviam uns gafanhotos gigantes que, unidos por um incontrolável apetite, saltitavam sem limites e buscavam todas as oportunidades que os conduzissem ao mais promissor e farto devorismo. Aqueles gafanhotos, com desmedida e voraz ambição, arrastavam muitos outros que, movidos pela ganância e, como predadores que eram, se lhes juntavam para se converterem numa praga insaciável que engordava descomunalmente. No jardim, todos os insetos os reconheciam como gafanhotos gigantes, confiáveis, insetos de bem, acima de qualquer suspeita. O comum dos insetos que tranquilamente zoava por ali, tão confiante e transbordando ingenuidade, jamais pensaria que tal praga de gafanhotos gigantes pudesse causar tamanha devastação no jardim quadrilongo. Gafanhotos gigantes, máscaras de seriedade, escondiam a avidez pela colheita fácil e, em ataques devastadores e menos claros, provocavam um enorme flagelo predatório no jardim, infligindo-lhe um ruinoso dano. Todos os insetos, no jardim, tinham como certo que o grilo com a função de supervisão da atividade dos gafanhotos gigantes, inseto bem remunerado e cercado de muitos privilégios, estaria atento a toda aquela voracíssima onda polífaga. Mas tal ação de zelo não acontecia. O grilo zelador, inquirido, estridulava ingenuidade e excessiva credulidade no mais destacado gafanhoto gigante daquela praga destruidora. O resultado redundava em estragos de grande monta que os grilinhos falantes, eleitos democraticamente e então governantes do jardim, já em desespero de causa, decorria um domingo de outono, tiveram de o mandar ajardinar, em modo "nacionalização". Outros outonos passavam. Comissões de inquérito depois, no jardim quadrilongo, chegava mais um outono e, sem factos concretos nem provas novas, tudo continuava por esclarecer sobre a colheita danosa que uma Brutal Praga Nefasta de gafanhotos gigantes tinha infligido ao jardim quadrilongo, plantado à beira-mar, a sudoeste da Europa.

publicado por momento do café às 12:08

16
Fev 10

Há muito, muito tempo, existia, a oeste da Ibéria e plantado à beira-mar, um lindo jardim quadrilongo onde viviam uns gafanhotos gigantes que saltitavam sem limites e, unidos num incontrolável apetite, buscavam o momento de aproximação aos canteiros floridos para que pudessem assaltar todos os recursos que os conduzissem ao mais promissor e farto devorismo. Com ambição voraz, arrastavam muitos outros gafanhotos movidos pela ganância e, como animais predadores que eram, convertiam-se numa praga insaciável que, em operações devastadoras menos claras, desbaratavam as sementinhas que tantos insectos incautos, que neles confiavam, haviam colocado à sua guarda. E por lá se iam instalando aqueles gafanhotos gigantes, máscaras de seriedade que escondiam a avidez pela colheita fácil e provocavam um enorme flagelo predatório no jardim, infligindo danos aos insectos que neles confiaram.  O efeito era inacreditável. No jardim, os insectos que por lá esvoaçavam definiam-nos como gafanhotos gigantes de bem, confiáveis, acima de qualquer suspeita. Confiantes, os insectos, jamais pensariam que tal praga de gafanhotos gigantes pudesse causar tamanha devastação nos canteiros daquele jardim quadrilongo.  E todos os seres que por ali pululavam, tinham como certo que o gafanhoto com a função de supervisão e zelo, insecto cercado de muitos privilégios, estava atento a toda aquela voracíssima onda polífaga dos gafanhotos gigantes. Mas tal acção não acontecia. Inquirido, face ao tumulto predatório detectado, o gafanhoto  zelador  não aceitava, nem sequer admitia quaisquer falhas na sua função de vigilância e zelo... e propalando a sua ingenuidade e credulidade excessiva nos mais destacados gafanhotos gigantes daquela praga destruidora, levou os insectos, que viviam por todo aquele jardim, a ficarem com a sensação de que, ingenuamente, passara ao lado! E pasme-se! Por fim, o mérito e o reconhecimento para o gafanhoto zelador pelo cabal cumprimento das suas funções de zelo. Era  a meritocracia a funcionar com zelo, no jardim quadrilongo, ali, a oeste da Ibéria.

publicado por momento do café às 21:55
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18
Jun 09

Era uma vez um jardim quadrilongo situado no oeste da Ibéria e plantado à beira-mar. Era habitado por toda a sorte de insectos. E naquele tempo, os insectos ainda falavam. Um dia, um gafanhoto gigante dirigente do zelo daquele jardim, por longas horas, foi ouvido por uma comissão de inquérito que fora pedida por umas formiguinhas bem diligentes. Durante essa audição, incessantemente, estridulou a sua inocência e o seu desconhecimento quanto à existência e à prática de operações menos transparentes que haviam sido conduzidas por uns gafanhotos gigantes e ambiciosos que haviam montado arraiais no jardim. Também lá habitavam e socialmente eram considerados insectos tão críveis que a confiança era total nesses gafanhotos gigantes. No jardim, todos os insectos que por ali viviam, achavam-nos gafanhotos de bem, acima de qualquer suspeita... Mas em busca do proveito para o qual focaram o seu incontrolável apetite voraz, aqueles gafanhotos ambiciosos saltitaram daqui para ali e  favorecidos por uma prática de tráfico de infuências  que lhes facilitou uma lucrativa deslocação por todo o jardim quadrilongo, e com avidez pelos ganhos fáceis, insaciavelmente, como um flagelo predatório, em roda livre, provocaram uma razia naquele jardim que redundou em estragos de grande monta que os grilinhos cantantes, que governavam o jardim, tiveram de mandar ajardiná-lo, de imediato, já em desespero de causa. Questionado e perante as fortes picadas,  à direita e à esquerda, deferida pelas activas formiguinhas sempre acutilantes e impertinentes, o gafanhoto  zelador  não aceitou e nem sequer admitiu quaisquer falhas na sua função de vigilância e zelo face a irregularidades nunca detectadas e então, propalando a sua ingenuidade pela credulidade excessiva no mais destacado gafanhoto gigante daquela praga destruidora, levou os insectos que pululavam por todo aquele jardim, a oeste da Ibéria, a ficarem com a sensação de que ingenuamente... o zelador passara ao lado!

publicado por momento do café às 01:32

13
Mai 09

Os gafanhotos gigantes, providos de grande porte gregário, saltitam daqui para ali, fruto de grandes e fortes apendiculares móveis que lhes facilitam uma frenética deslocação no centro das transacções financeiras, em estratégia de controlo absoluto. Normalmente, quando solitários não provocam estragos de monta, parecem agir pacatamente e julgam-se honestamente realizados e confiáveis. Voam saltitando por aqui e por ali e procuram todos os habitats favoráveis do poder económico e do capital, onde podem munir-se de todos os benefícios em proveito do seu incontrolável apetite financeiro, sempre insaciável e alimentando-se, com gula, pelos ganhos fáceis. Transformam-se, pela ambição, em grandes máquinas financeiras. Vão lançando e arrastando muitos outros gafanhotos ambiciosos que se saciam com investimentos de risco que os engordam descomunalmente. Manipulam as economias de muitos gafanhotos incautos, os gafanhotinhos, que neles confiam. A confiança é total nos gafanhotos gigantes, porque os acham gafanhotos de bem, acima de qualquer suspeita... e têm como certo que o gafanhoto com a função de supervisão, cercado de muitos privilégios, está atento a toda a predatória que uma agitadíssima praga de gafanhotos gigantes possa provocar numa qualquer instituição financeira. E uma a crise económico-financeira instala-se e ao comportamento dos gafanhotos gigantes é imposta uma dieta...

publicado por momento do café às 01:42

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