Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


27
Jul 09

Algo intrigava a população daquele jardim quadrilongo, onde a rosa se impunha pela sua cor e o perfume dominante. Ali, a oeste da Ibéria, as formiguinhas intelectuais fervilhavam com ferroadas de raiva, enquanto os grilos cantantes estridulavam de revolta. Um facto toldava o ambiente democrático do jardim.
Nem os grilinhos, nem as formiguinhas mostravam vontade de assumir um esclarecimento sobre o acontecimento que veio a lume, provocou tanto ruído e colocou tantas dúvidas aos habitantes daquele jardim quadrilongo. Formiguinhas, vespas, gafanhotos, louva-deus, escorpiões e outros insectos e aracnídeos questionavam de que lado estava a verdade ou quem é que mentia.
Tanto o dirigente do grupo dos grilídeos, como o dirigente do formigueiro gladiavam-se e no centro da luta, uma joaninha que afirmou que fora, insistentemente, seduzida pela cor, pelo aroma do jardim e pelo canto dos grilinhos. Procura-se, pois, a tal joaninha para que venha pôr fim a todo este imbróglio que pôs o jardim em polvorosa . Os seres vivos que por ali pululam, têm o direito de conhecer quem não diz a verdade...

publicado por momento do café às 00:55

06
Jul 09

Era uma vez, no tempo em que os insectos e outros animais falavam, um jardim quadrilongo que ficava no oeste da Ibéria e era banhado pelo mar. Dir-se-ia que o mar se juntava ao jardim onde a cor das rosas predominava. Era habitado por muitas espécies de seres vivos e, por deterem o poder, os grilos cantantes eram os que mais se destacavam e assim chamados porque no passado, ainda não muito longínquo, estridulavam incessantemente para amedrontar todos os outros insectos e demais seres que se opunham às medidas que propagandeavam, em show off constante, porque as achavam de grande alcance social e económico. Então, aconteceu que nas eleições para a união dos jardins do velho mundo, uns grilinhos mais próximos do grilinhos dirigentes, pela empatia e por serem mais conhecidos, haviam sido admitidos nas listas como chamariz e na condição de que seriam também candidatados ao poder local nas comunidades daquele jardim quadrilongo à beira-mar. Fora uma regra insistente e principalmente reprovada pelo zumbido das vespas e levara algumas ferroadas das formiguinhas situadas, quer mais à direita, quer mais à esquerda e mais radicalmente à esquerda do grupo dos grilídeos. Contudo, a decisão daquela regra dos grilinhos cantantes mantivera-se. Mas no pequeno jardim, de repente, nas eleições para o jardim mais alargado do velho continente, os grilos foram derrotados e do vespeiro, que surpreendentemente saíra vencedor sob as ordens da vespa-rainha, zumbiram argumentos mais estridentes que refrearam a arrogância e enfraqueceram as decisões dos grilinhos cantantes. Decorrido algum tempo, para admiração de toda a população grilídea e não só, alguns grilinhos que estavam indicados nas listas para as eleições ao poder local no jardim quadrilongo não poderiam ser candidatos a deputados do parlamento daquele jardim tão rosadamente colorido.  Mudara-se a regra! Claro que a decisão proibitiva quanto a uma dupla candidatura não fora coerentemente mantida pelo dirigentes grilídeos sobre o grupo dos grilinhos cantantes escolhidos. E como era de esperar, apanhou-os de surpresa e ouviram-se grilinhos a estridular por todo o jardim: uns (os que mantinham a qualidade de dupla candidatura), em uníssono com o grilinhos dirigentes; outros, um pouco dissonantes e revoltados pela surpresa. Mas estes grilinhos atingidos pela injusta proibição, como estavam em pleno verão e, aproveitando o sol, cantaram de forma precavida, não fosse o ar da silly season tramar-lhes um dos tachos no jardim quadrilongo... no outono, a estação do ano que lhes traria a dupla eleição... atraiçoada!

publicado por momento do café às 00:16

27
Jun 09

Os prestimosos grilos, por todo o lado, com o seu canto tão especial, rápidos e ágeis a atrair um cortejo de seguidores que ambiciosamente procuram postar-se em torno do grilo mais triunfante, com o simples fito de proverem todos privilégios e a troca de influências que lhes possibilitem o carreirismo político por que enveredaram e que venha a proporcionar-lhes o parasitismo público, quer em termos de promoção social, quer em termos do currículo profissional para o qual se acham competentemente talhados e “tachados”. Considerados como amuletos da sorte por muitos que pretendem a continuidade das regalias que usufruem e contribuindo, somente, com o ócio que lhes é alimentado, esses grilos falantes não passam despercebidos e procuram adaptar-se a todas as situações e circunstâncias com o autoritarismo que lhes foi conferido pela maioria de votos obtidos e que temem perder. Em luta pela posição que detêm e que politicamente, na sociedade, pretendem defender, só lhes resta partir em busca de todos os subterfúgios e expedientes que lhes permitam aguentar e sustentar todo o poder social e político que detêm. Com as patas traseiras que lhes facilitam o saltitar, lutam pelo domínio desse canto ruidoso e impertinente da força comunicacional que, pela influência que exercem sobre a opinião pública, podem, de tal forma, causar-lhes mossa na imagem que propagandeiam. Descobertos os seus intentos, quer pelas vespas, quer pelas formiguinhas, as intelectuais e as obreiras ou ainda, pelas formigas ditas do capital, os grilos falantes cantam em uníssono e, despudoradamente, negam qualquer conhecimento. Pretendendo demonstrar o sentido de transparência das suas asas em toda a trapalhada que emergiu, acabam por vetar qualquer decisão que possa confirmar a situação criada, com o objectivo bem definido do controlo e do silenciamento dos inoportunos insectos que suportam a força comunicacional...

publicado por momento do café às 02:22

18
Jun 09

Era uma vez um jardim quadrilongo situado no oeste da Ibéria e plantado à beira-mar. Era habitado por toda a sorte de insectos. E naquele tempo, os insectos ainda falavam. Um dia, um gafanhoto gigante dirigente do zelo daquele jardim, por longas horas, foi ouvido por uma comissão de inquérito que fora pedida por umas formiguinhas bem diligentes. Durante essa audição, incessantemente, estridulou a sua inocência e o seu desconhecimento quanto à existência e à prática de operações menos transparentes que haviam sido conduzidas por uns gafanhotos gigantes e ambiciosos que haviam montado arraiais no jardim. Também lá habitavam e socialmente eram considerados insectos tão críveis que a confiança era total nesses gafanhotos gigantes. No jardim, todos os insectos que por ali viviam, achavam-nos gafanhotos de bem, acima de qualquer suspeita... Mas em busca do proveito para o qual focaram o seu incontrolável apetite voraz, aqueles gafanhotos ambiciosos saltitaram daqui para ali e  favorecidos por uma prática de tráfico de infuências  que lhes facilitou uma lucrativa deslocação por todo o jardim quadrilongo, e com avidez pelos ganhos fáceis, insaciavelmente, como um flagelo predatório, em roda livre, provocaram uma razia naquele jardim que redundou em estragos de grande monta que os grilinhos cantantes, que governavam o jardim, tiveram de mandar ajardiná-lo, de imediato, já em desespero de causa. Questionado e perante as fortes picadas,  à direita e à esquerda, deferida pelas activas formiguinhas sempre acutilantes e impertinentes, o gafanhoto  zelador  não aceitou e nem sequer admitiu quaisquer falhas na sua função de vigilância e zelo face a irregularidades nunca detectadas e então, propalando a sua ingenuidade pela credulidade excessiva no mais destacado gafanhoto gigante daquela praga destruidora, levou os insectos que pululavam por todo aquele jardim, a oeste da Ibéria, a ficarem com a sensação de que ingenuamente... o zelador passara ao lado!

publicado por momento do café às 01:32

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Boa Nova: Farol e mar

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