Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


19
Set 14

Na anunciada e molhada partida do verão que nem sequer por cá andou e nem pediu desculpas pela sua ausência, são surpreendentes os pedidos de "desculpas" e a assunção de responsabilidades políticas dos responsáveis pelas pastas da Justiça e da Educação. São atitudes que, por mais humildade que deixem transparecer, não passaram de formalidades sem conteúdo direto e consequente, não repõem a credibilidade, são só para cidadão ver. Quem governa pode errar, o ser humano é falível, mas porque detém o poder executivo tem o dever de saber e conhecer, ver e entender, prevenir e evitar erros que possam ocorrer com a decisão que toma e prever as consequências prejudiciais e de difícil resolução que podem emergir antes, durante e depois que todo o processo e os procedimentos sejam iniciados. Não se exige que um governante seja um dotado especialista, mas deve entender e ter conhecimentos sobre a área que tutela. Exige-se que na sua equipa haja gente competente e não os "mártires" que vão carregar todo o descontentamento dos cidadãos quando a "coisa" dá para o torto. Quem governa deve assumir a culpas quando comete errros. Um simples pedido de desculpas não os desculpabiliza de nada. Exige-se, sim, a coragem de tomar uma atitude política, entenda-se, um pedido de demissão.

publicado por momento do café às 12:22

02
Dez 13

Claro que fui ver a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades/componente comum a que se sujeitarão muitos professores contratados e que têm hoje o último dia para inscrição. Não vi lá nada que deixasse transparecer que objetivos estão subjacentes para avaliar a competência e a capacidade para ser professor na escola real, onde se encontra toda a diversidade de situações, quer ao nível da aprendizagem, quer ao nível comportamental dos alunos. Um autêntico exemplo da insustentável inutilidade de uma prova que subvaloriza a profissionalidade do professor. Há dias, ouvi o min.º Crato a dizer que, na data em que falava, já estavam inscritos 300000 professores. Logo o raciocínio levou-me para a conclusão: 20€/professor (o custo só desta primeira prova) e 30000 já tinham feito a inscrição, dava a quantia de 600000€ (seiscentos mil de euros para a prova da componente comum). E, ao fim do prazo, muitos mais professores estarão inscritos. Depois virão as específicas, a 15€/cada. Uma questão de euros? Não consegui enxergar… Ou um pretexto para mais desemprego no ensino. As turmas numerosas também vieram ajudar. Aqui acabo de ler a conclusão a que chegaram os especialistas quanto ao guião da prova que já foi publicitada. Eu tinha razão. E como se costuma a dizer na gíria: “foram muitos anos a virar frangos”… e a aturar tanta gente que não entende de educação e nada da escola atual.

publicado por momento do café às 14:25

03
Ago 12

O tempo de turmas numerosas já passou e há muito. A escola era uma realidade, hoje é outra e bem diversa. A escolaridade obrigatória tem vindo a confirmá-la. Numa qualquer turma de uma qualquer escola, os alunos não têm igual capacidade de compreensão, aquisição e aplicação dos conteúdos programáticos, por isso, os resultados de desempenho diferem de aluno para aluno. Ritmos de aprendizagem e desempenhos diferentes não podem ser entendidos como inócuos no processo ensino-aprendizagem e, numa qualquer turma, a competência do professor não se limita à "transmissão de conhecimentos" e à avaliação dos bons resultados atingidos pelos alunos que aprendem bem. Alarga-se e consolida-se, sobretudo, na desmultiplicação de estratégias, ações e meios a que recorre para executar a planificação das tarefas e atividades letivas que traça para determinada turma e que contemplam as diferenças de aprendizagem e de desempenho e, simultaneamente, cumprem a programação curricular, tendo sempre em mente o objetivo comum que propõe para todos os alunos, o sucesso escolar, positivo e de qualidade, reconhecendo que o mesmo, de acordo com a avaliação de conhecimentos e o nível de realização de cada aluno, é expresso em diferentes gradações quantitativas. Em turmas alargadas, grandes, esse trabalho fica dificultado e torna-se humanamente frustrante porque o professor não pode, com eficiência, atender, dar resposta e receber o justo retorno do trabalho que realiza com os alunos. Em todo o processo ensino-aprendizagem, também o desinteresse, a desmotivação e o aspeto comportamental dos alunos não podem ficar esquecidos porque condicionam o trabalho que o professor desenvolve e acabam por acentuar o desgaste a que está sujeito sempre que a gestão de comportamentos desadequados se manifestam na sala de aula e se sobrepõem à motivação da turma e ao cumprimento das atividades letivas que programou. Perde o professor, perdem os alunos e os pais. Perde quem, na área da educação, não enxerga esta realidade da escola atual. E perde o país.

(texto atualizado e republicado)

publicado por momento do café às 12:39

23
Set 11
Como qualificar os adultos que aceitam, incentivam e promovem lutas de crianças em jaulas? É "legalização" de comportamentos desviantes como o bullying e a consequente vitimização? Simplesmente deprimente e inqualificável...
publicado por momento do café às 14:02

05
Jun 10

O TGV acaba de chegar à Educação. Transitar a Grande Velocidade é a medida que faltava ao Ensino para que facilitismo continue a correr sobre carris. E para creditar a transição e refrear a velocidade, surge a ponte com alguns obstáculos (diversos exames) que o aluno tem de contornar para chegar ao Secundário. Que política de Educação é esta que despreza o mérito, frustra e desmotiva os alunos com bons resultados, ilude e defrauda os alunos que alcançam sucesso escolar com muito esforço e, principalmente, promove a mediocridade através dos expedientes com que recompensa os alunos que, sujeitos à escolaridade obrigatória, não querem, nem mostram empenho no percurso académico que lhes é "imposto". A solução de travar, aos quinze anos, o insucesso escolar dos alunos do 8º ano, através da realização de alguns exames, é desconcertante. O aluno frequenta o 8ºano, quer travessar a ponte directa para o 10º e propõe-se aos exames exigidos e que são a nível do 9º ano. Acreditando que os exames são exigentes, que êxito tem o aluno que não possui os conhecimentos, nem as competências que eles exigem? Mesmo que, num apertado espaço de tempo e intensivamente, o aluno estude e se prepare para os exames, os milagres não acontecem. O sucesso escolar não se atinge de modo intensivo. No percurso escolar, o sucesso constrói-se e consolida-se ao longo de muito tempo. Para que serve, então, uma solução tão singular? Vai gerar novo insucesso e não é esse o objectivo por que ela surgiu. Seria uma perda de tempo. Como o único objectivo é iludir o número que pode traduzir o real sucesso escolar, o fantasma do facilitismo parece rondar por aí. Parece que alguém procura impor a presença desse fantasma nos tais exames para que o cardinal fique conforme a ilusão que se quer criar. Ah!... e a grande velocidade, a taxa de insucesso escolar fica reduzida. Então, na Educação, vai restar um qualquer numeral para quantificar a mediocridade travestida de sucesso escolar.

publicado por momento do café às 01:49

26
Abr 10

A larga amplitude que a diversidade toma, tanto na sociedade como na na escola, exige do professor uma resposta atenta, adequada e empenhada. Hoje, a nível da aprendizagem, o professor trabalha na e para diversidade, factor que marca a escola para todos. A diversidade que o professor encontra na escola impõe-lhe uma desmultiplicação de estratégias, actividades e recursos numa planificação organizada de tarefas de aprendizagem que a diferenciação exige para cumprir um objectivo comum, o sucesso escolar. E, mais do que vocacionado para o ensino, o professor actual lida, também, com a indisciplina, a desmotivação e o insucesso escolar. Muitos alunos revelam desinteresse pela escola, cultivam o ócio, fazem um percurso sem rumo na construção do futuro, e acabam, muitas vezes, por revelar comportamentos disruptivos. Os comportamentos desajustados e a violência que manifestam, na sala de aula ou em qualquer outro contexto escolar, prejudicam o quotidiano da escola, as actividades de ensino-aprendizagem, as relações interpessoais e de convivialidade na comunidade escolar, e o professor acaba por sofrer o desgaste pessoal e profissional que essas situações comportamentais ocasionam.

Ao concluir esta série de apontamentos que escrevi sobre as relações entre família e a escola, mais do que nunca, afirmo que ser professor não é fácil na sociedade actual.

publicado por momento do café às 14:01

19
Abr 10

No esforço de gestão de casos de indisciplina e dos comportamentos desajustados que acontecem na escola e que comprometem a aprendizagem e o sucesso escolar dos alunos, os professores, sós, desempenham um papel difícil porque nem sempre vêem resultados imediatos ou a médio prazo. É importante salientar que à escola compete desenvolver estratégias que contribuam para a prevenção dessas situações comportamentais desadequadas que possam emergir na comunidade escolar. Havendo, ainda assim, falhas ao nível da prevenção, à instituição escola cabe o papel de reivindicar a dotação de recursos humanos especializados na problemática comportamental (psicólogos, professores de educação especial, e outros) para que os professores sejam apoiados na identificação dos sinais ou das condições que definem atitudes de indisciplina e/ou de comportamento de determinado(s) aluno(s) para que avaliação, feita em tempo útil, possa conduzir à intervenção adequada que reponha os momentos de sã convivencialidade na escola e no seu perímetro envolvente. Na fase de prevenção e que deverá ser a acção prioritária e aplicada ao universo dos alunos da escola, todo este processo deve contar com a colaboração responsável e empenhada dos encarregados de educação (pais ou outros). Numa fase de intervenção, se as circunstâncias comportamentais assim o exigirem, e durante o desenvolvimento e avaliação do programa interventivo que venha a ser aplicado a determinado(s) aluno(s) toda a acção deverá contar com a participação dos respectivos encarregados de educação.

publicado por momento do café às 12:47

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