Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

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25
Out 09

Quando alguém afirma que cresceu empapado de Cristianismo e toma consciência, define-se e aceita-se como ateu, não usufruiu do direito à dissidência? E comete alguma heresia pelas suas convicções de não crença na existência de Deus? Claro que não. O direito à dissidência e à heresia não se encontram ''escarrapachados'' na declaração dos direitos fundamentais do Homem, mas advêm do direito à liberdade de expressão e à liberdade religiosa que os países do mundo, maioritariamente tolerantes, consagram e respeitam. Liberdade de pensamento, de consciência, de expressão, de informação, de religião estão consagrados na ''Declaração Universal dos Direitos do Homem'' e na ''Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia''. Quando se reivindica o direito à dissidência, associa-se, de imediato, a não aceitação dos dissidentes e vem à memória a ex-potência que, épocas atrás, teve os seus Gulags. Certamente que vêm à mente, também, aqueles países, como a Coreia do Norte, Cuba, ...onde a repressão à dissidência traduz-se na militância constante pelo desrespeito à livre opinião e às convicções políticas e religiosas. E o direito à heresia? Estranha-se tal reivindicação! Quem lança uma heresia em relação à crença e convicção religiosa de outro, tem direito de a cometer? Se há direito à heresia, onde encaixa o dever de respeito e de tolerância pela liberdade de religião dos outros? O direito de um estaria a negar o direito do outro. O direito do herege seria um ataque ao direito de crente religioso. Tem cabimento advogar tal direito? Nos países onde o fundamentalismo religioso é tão radical e desafiante à livre expressão crítica da religião que se professa, tal questão não se põe. A blasfémia resulta em condenação e em perseguição feroz. Não se aceita a heresia. Veja-se como o Ayatollah Khomeini do Irão reagiu ao livro Versículos Satânicos de Salomon Rushdie, considerado herege e mal quisto para a religião Islâmica.
As críticas feitas à Bíblia e as considerações tecidas sobre Deus têm a importância que têm. Ficam com quem as faz. ''Coitado de quem as ouve porque quem as diz, fica aliviado''. Contudo, o escritor José Saramago acabou por reconhecer que se excedeu nas apreciações. Mas excessivo foi ouvir dizer que nos direitos fundamentais do Homem faltam consagrar os direitos à dissidência e à heresia. Haja paciência, que Deus é magnânimo! Sabe perdoar!

publicado por momento do café às 13:21

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