E que dezembro seja bem-vindo! O mês do frio já se sente, o espírito natalício acontece, lembra-se a família, preparam-se as festas e os doces, pratica-se a solidariedade e, por cantos e esquinas, a publicidade entranha-se num irresistível apelo ao consumismo que invade e mal se controla. Mas o melhor deste dezembro serão, certamente, os momentos de chuva que se espera que aconteçam. Sim, daquela chuva por que tanto se clama, que a seca está tão presente que o melhor "presente" para a minorar seria um dezembro chuvoso, mas sensatamente generoso. É preciso sacudir a seca que assola, e a chuva será, pois, mais que um presente tão desejado. Será uma benção. Espera-se que chegue com conta, peso e medida. O verão e os primeiros tempos do outono foram abundantes em acontecimentos e a quota de dor e sofrimento por que tanta gente passou, já tranbordou. Dispensam-se chuvadas que tranbordem e façam outra tanta gente viver momentos de aflição.
Que dezembro venha, pois, por bem e para contento de todos.