A transmissão da apresentação do Cristiano Ronaldo como jogador do Real de Madrid e que resultou da transferência mais cara do mundo, monopolizou até à exaustão a programação televisiva. Claro que eu sou apreciadora de um bom jogo de futebol, admiro o Cristiano Ronaldo que provou no Manchester United porque foi eleito o melhor jogador do mundo. Mas mobilizar uma multidão de 80 mil espectadores para entronizar um jogador de futebol é obra, mas é excessivo. É certo que Cristiano Ronaldo é já uma marca e representa aquilo que se chama “dinheiro em caixa” e vai dá-lo a ganhar, e muito, ao Real Madrid. Para render é necessário que, a partir do primeiro dia, se crie um ambiente em que a carga emocional esteja presente com laivos de fanatismo para que toda a máquina do marketing, associando os nomes, Real Madrid e Cristiano Ronaldo, funcione em pleno e resulte em termos financeiros. Espero que o nosso melhor jogador da actualidade vença e concretize os seus sonhos (o sonho comanda a vida , cf. o poeta, António Gedeão) e tenha sorte (mais que a nível da Selecção Nacional). É um jovem bem determinado, com muita resiliência*. Que não se deslumbre demasiado e que saiba gerir a sua carreira de forma equilibrada como o tem feito até aqui.
resiliência*(termo da Física) que aplicada à psicologia é o indivíduo que emocional e comportamentalmente tem a capacidade de lidar e superar todas as adversidades com que se depara na vida.