Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


22
Fev 14

A espera no aeroporto fora por mais de 24 horas. Por fim, sob um forte tiroteio próximo do aeroporto, o avião levantou voo. Foi há tantos anos que desembarquei em Lisboa, trazendo o filho ao colo para recomeçar a vida. Mas esses tempos difíceis que acompanharam o recomeço ficaram bem arrumados lá no passado. Como dizem os Xutos e Pontapés, o passado ficou lá trás… Havia juventude, havia garra e nada metia medo. Era preciso reconstruir o presente de forma a assegurar o futuro. A vida cumpria-se caminhando e olhando em frente. E vieram mais filhos. Era preciso garantir a melhor herança, a formação, a mais perene e útil que se pode deixar aos filhos. Já os meus pais pensavam assim, e foram os estudos e a minha formação que permitiram o meu recomeço aquando da descolonização. Depois de criados os filhos e chegado o tempo de deixá-los ganhar asas para voarem e tornarem-se independentes, era o momento de eu "arrumar as chuteiras". Era o tempo para o descanso merecido. Pura ilusão! Veio a crise para a qual não contribuí. Nunca vivi acima das minhas possibilidades e juntar filhos a estudarem na universidade não foi pera doce. Agora, nesta altura da vida, olho o meu país a tentar sair da crise em que mergulhou, sinto-me “vítima” da austeridade como tantos outros cidadãos e constato que, afinal, os muitos ou poucos anos que possa viver serão sobressaltados por outras medidas pós-troika que se anunciam e que continuarão a consumir-me o ânimo e a esperança, ao ponto de, preocupadamente, me questionar sobre qual será o futuro dos meus filhos e netos. O tempo de  juventude ficou lá trás, a garra ainda resiste, mas o medo ensombra o presente que me é dado viver. Receio o futuro. Já nada espero deste país, nem da rapaziada, (como um comentador já chamou), que nos governa. Só me resta lamentar e dizer que nos faz falta uma Praça da Independência. Eu seria mais uma a engrossar a mole humana de grisalhos… 

publicado por momento do café às 10:12

13
Nov 13

Munidos do respetivo currículo para acederem ao palco do poder pelo voto livre e democrático, atores do carreirismo político fizeram promessas de boa representação e, teimosamente, levam à cena, em tempos de crise, uma peça sobre a justiça social sui generis, inspirada na austeridade. No cenário das políticas que interpretam, os atores do poder não revelam talento. Canastrões! Não passam de atores institucionais que levam ao público, e mais uma vez, a representação do estafado roteiro da austeridade.

publicado por momento do café às 12:52

11
Out 13

Depois que ouvi PPC a falar do choque de expectativas que aí vem, confesso que continuo mais apreensiva quanto ao destino do país. Já levei com tantos choques acionados por este governo PSD/CDS que, mais choque, menos choque, tenho de continuar a “gramar” a pílula da austeridade, em doses cada vez mais agressivas, cheias de contraindicações, com muitas reações adversas e sem cura que se vislumbre. Os choques continuados de medidas austeras causam tal trauma, que a ferida — o défice — continua aberta, putrefacta. O curativo, continuadamente usado pelos mata-sãos, exige, cada vez mais, outras medidas assépticas. E, mais uma vez, vou ter de lhes entregar a bolsa e deixar que nela façam mais cortes para expurgação e cura do défice.

Entretanto, vou pensando se o choque de expectativas referido por PPC, para além do que OE2014 nos reserva, poderá adivinhar um 2º resgaste...

publicado por momento do café às 11:00

07
Jul 13

Os momentos de surpresa acontecem. A incerteza toma conta dos dias. A emoção sobrepõe-se à racionalidade, o pensamento enturva-se, nada se alcança para além de instabilidade que a surpresa provoca. Tudo se põe em causa, a confiança, a lealdade, a compreensão, a decisão que surpreendeu. Aparecem os sábios e os conhecedores. Conjeturam, especulam, analisam a causa, o pretexto, a oportunidade da decisão, as consequências. Todos se ajustam ao julgamento e à crítica. Apontam culpados. Avançam soluções. Carregam e partilham o pessimismo. Manipulam a emoção causada, empolam o estado de desilusão e a aflição que ensombram os dias, enquanto se recupera, ou não, do impacto da surpresa e das estragos que causou. E na incerteza dos dias, emerge a única certeza: nada será como antes.

publicado por momento do café às 10:14

04
Jul 13

Embrenho-me na escuridão.

Sem temor, avanço.

Espero. Perscruto.

Só silêncio e breu.

Aquieto-me. Escuto.

Só o nada se pressente...

Acomodo-me ao momento,   

à certeza dormente.

Arredo o pensamento…

Estremeço. Um repente.

Esqueço o pressentimento.

Um arrepio, o medo somente!

Sem emoção, sem lamento.

Só o abismo envolvente.

Sem atalho, sem saída!

O nada me prende.

O medo se ajusta. É a vida.

A angústia latente...

Esta incerteza desmedida.

publicado por momento do café às 10:04

01
Jul 13

É verão. Surpresa! Gaspar resolve ir a banhos mais cedo. Deixa-nos "órfãos". Não deixa saudades. Não leva a austeridade. Faz-se condescendente e deixa-a connosco... E agora? no próximo ato quem entrará em cena para desempenhar o papel de ministro das finanças?

publicado por momento do café às 16:53

10
Abr 13

Com esta primavera que tem medo de se impor, não aconteça um imposto recair sobre o sol que podemos usufruir gratuitamente, toca de oferecer chuva, farta e impertinente, assim, ganha consonância com o desânimo que os incompetentes donos da política nos provocam...

publicado por momento do café às 18:07

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