Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


05
Jun 14

Os chumbos do Tribunal Constitucional marcam a dramatização e a hipocrisia do Governo. O Primeiro-ministro afirma que não se pode estar em permanente sobressalto constituicional. Mas quem aprova as medidas que, à partida, não vão passar no crivo do Tribunal Constitucional (TC)? É a maioria parlamentar que sustém o governo. E pasme-se! O drama! Que preocupação com os Funcionários Públicos (FP) porque, face à decisão do TC, em Junho, certamente, não vão poder receber, a tempo, os salários e subsídios de férias. Quanta pena o governo mostra pelos FP! Que hipocrisia! Quando os esbulhava, nunca se preocupou com a diminuição dos rendimentos devido aos cortes e, também, aos retroativos, no caso de acontecerem, e que eram processados de imediato. Quer lá saber se os FP podem contar com os salários e os subsídios de férias, atempadamente, neste mês de junho! Desejava, talvez, que os FP, pelo previsível atraso no processamento de salários e subsídios, ficassem revoltados com o TC. E, como o Governo está tão sensibilizado, a sua ampla base de apoio parlamentar pede a aclaração do acórdão aos juízes do TC e, assim, pode contribuir para o atraso que pode acontecer! O impasse! Mas nós, os portugueses, não podemos viver neste "sobressalto permanente". Qual é o plano B que, afinal, o Governo tem de apresentar à Troika em substituição das normas chumbadas e que outros sacrifícios nos serão pedidos? Acredito que esteja preocupado com o cumprimento da saída limpa que prometeu, com o encerramento da 12ª avaliação que fecha o programa de resgate, com a queda da economia no 1º trimestre deste ano, e há que ter em conta, também, a reação dos mercados financeiros e a análise e notação das agências de rating perante estes chumbos. Estamos metidos numa saia justa, mas não podemos imputar as culpas ao TC, que cumpre a sua função. Contudo, confesso que até me passa pela cabeça que o Governo, embora afirme que não vira a cara aos obstáculos e às adversidades, possa dramatizar que o país está numa situação ingovernável e, por isso, até possa aspirar por eleições antecipadas. Oh, oh! Enquanto o Partido Socialista anda entretido com a história das eleições primárias, até vinham a calhar...

Em destaque no Blog dos blogs do SAPO:

destaque blog dos blogs do sapo em 05-05-2014.JPG

publicado por momento do café às 09:10
sinto-me: preocupada

18
Out 13

Fico incomodada sempre que encaro, “televisionariamente”, a Sra. Ministra das Finanças. Em entrevista à SIC, a Sra. Ministra veio defender o OE2014 e, no decorrer da mesma, afirmou que não é intenção do Governo torturar os portugueses. Fiquei tão exaltada que, mentalmente, não me contive, refutei tal afirmação e disse para comigo, pois, não é intenção, é vontade. O que me revolta não é a tortura dos sacrifícios que me são exigidos. O que me revolta é sentir-me um número, um contínuo punhado de euros a jeito de serem levados por quem (o Governo, claro!) me olha sobranceiramente como se eu fosse ignorante ou desinformada; por quem não me respeita e não me defende face à intransigência da Troika; por quem deixa escorregar, entre as mãos e como se fosse manteiga, mais austeridade no OE2014; por quem pretenderá fazer acreditar que o culpado, de costas largas, pelo difícil cumprimento da meta do défice para 4% do PIB, acordada com Troika, nas 8ª e 9ª avaliações, será o TC, se a fiscalização da constitucionalidade der lugar ao chumbo de algumas medidas contidas neste orçamento. Há dias e dias de tortura com números e contas pela submissão aos imperativos da Troika. E todos os dias são de muita indignação!

 

publicado por momento do café às 15:15

16
Out 13

Olho os títulos dos jornais diários e leio, “saiba quanto lhe vai custar a vida em 2014”, “calcule quanto lhe vão cortar no salário”, “veja aqui quais são os cortes que vai sofrer”, e ponho-me a pensar quanta maldade esta austeridade está causar nas nossas vidas. Veio a ministra, de ar seráfico e conversa fria e dramática, servir-nos o jantar com mais um pacote de cortes que, cada vez mais, apontam para o nada, para um esforço sem sentido. Quer fazer crer que tem valido a pena, e toca a prescrever uma dose mais agressiva de sacrifícios para 2014. Quase copy and paste do orçamento de 2013 com nuances mais pesadas. Só ainda não vale arrancar cabelos e olhos. Se sentíssemos que todos os sacrifícios têm sido uma aposta vencedora, até nos entregaríamos a eles com a réstia de esperança que ainda nos sustenta e a paciência que vamos tendo para aturar estes governantes e a Troika. Um orçamento, à custa de mais sacrifícios impostos aos papalvos de sempre, é para Troika e mercados verem… porque esta estratégia orçamental não tem dado resultados francamente visíveis. Olhamos e o que vemos? O défice a engordar, o rendimento a definhar… e a economia a ressentir-se.


publicado por momento do café às 12:27

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