Os professores, assumindo-se co-responsáveis pelo percurso educativo do aluno, devem criar estratégias de “inclusão” dos pais na escola para que estes sintam a necessidade da participação na vida escolar dos filhos. Actualmente, a estrutura da família vem sofrendo transformações e as mudanças (princípios, valores, atitudes, comportamentos, ...) que acontecem na sociedade, sob os aspectos económico, social e cultural, são os factores que caracterizam a diversidade que chega à escola. Tendo em mente que o lema actual é a construção de uma escola para todos e o objectivo é o sucesso escolar, torna-se necessário que a planificação dos conteúdos curriculares e das actividades escolares (complemento curricular e extra-curriculares) contemplem, o mais possível, todos os ângulos distintos e diferenciados que completam a amplitude que essa diversidade toma e que define a sociedade e a escola actuais. Para que tal resulte, é indispensável e forçoso que sejam criadas todas as condições que possibilitem a expectativa positiva de sucesso escolar para todos os alunos, motivo mobilizador para que os pais marquem uma presença mais constante na escola. A par desta estratégia que deve ser desenvolvida e que chama os pais à escola, os professores podem sensibilizá-los para estarem atentos aos sinais de comportamentos desviantes (ex.: o bullying e consequente vitimização) para que, em tempo útil, escola e pais promovam acções de prevenção e, se necessário, tracem um plano de intervenção em casos concretos que surjam no contexto escolar ou no seu perímetro envolvente e que podem provocar resultados trágicos à comunidade onde a escola se insere. A escola, os pais e a comunidade não podem viver de costas viradas. Todos, embora com papéis diferentes, em última instância, têm de se entender para bem do futuro que ajudam a construir.