Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


22
Mar 11


O Júnior vai completar 16 anos no próximo mês. Envelheceu muito neste último ano e a manhã de hoje foi dedicada ao corte do pelo e ao banho para aproveitar este sol de março. Vê e ouve mal.  A veterinária diz que ele tem o coração forte e, apesar do sofrimento causado pelas artroses, ainda está para durar. Sofre de artroses e mal se aguenta nas patas traseiras. Era um cão muito vivaço mas continua muito meigo.

Mais sobre o Júnior


publicado por momento do café às 15:39

19
Jun 10

O canto do alegre grilo-cantante ouvia-se e logo um bloco de insectos, zoando e esvoaçando à sua esquerda, apressava-se a apoiá-lo naquela decisiva serenata de confessável disponibilidade a candidato à presidência do jardim quadrilongo. O alegre grilo-cantante não recusava aquele bloco de apoio. Tal aceitação provocava uma ruidosa e generalizada estridulação na família dos grilos. O imponente grilo-cantante lembrava a sua pertença e a importância histórica que tivera na família grilídea, mas continuava a cantar fora do tempo e do ritmo que ela impunha. Bem reivindicava o seu estatuto grilídeo, mas o seu independente e extemporâneo canto irritava a família. Por isso, o apoio tardava. O grilo-cantante desejava senti-lo. Mas o apoio da família grilídea acomodava-se ao indeciso e prolongado compasso de espera. Contudo, face ao canto reivindicativo do alegre grilo-cantante, uns grilos atreviam-se a entoar um canto convergente e melodioso de apoio, enquanto outros, numa dissonante entoação, apelavam à livre decisão sem qualquer imposição familiar. O canto e a estridulação confundiam-se pelo jardim. A grilharia ecoava sem controlo. Tinha de ser disciplinada. Os grilídeos não podiam adiar, por mais tempo, a reunião familiar. Chegava o momento para a família grilídea se reunir e tomar a decisão definitiva... Sob a batuta do líder-grilo, a larga estridulação submetia-se ao canto harmonioso da maioria. Alguns discordavam do apoio decidido e silenciavam. Muitos outros grilos largavam o registo de dissonância extrema e juntavam-se ao canto uníssono de apoio ao alegre grilo-cantante. A família dos grilos oficializava, assim, a sua decisão e entregava ao alegre grilo-cantante, o testemunho mais simbólico daquele apoio, a rosa do jardim. O imponente e alegre grilo-cantante, finalmente, podia agarrá-la e cantar a sua satisfação. Ainda assim, mal ficavam serenadas as hostes na família grilídea, pelo jardim, elevava-se um solitário e veemente canto de discordância. Um dos mais carismáticos grilos discordava...

publicado por momento do café às 11:12

24
Mai 10

Mais uma foto da gata Bia que, por uns dias, está de férias...


 

publicado por momento do café às 13:59
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21
Mai 10

Primavera chegara. A oeste da Ibéria, o jardim quadrilongo continuava adormecido pelo canto dos grilos cantantes que, em uníssono, acompanhavam o canto enganador do grilo-líder. Naquele jardim, todos os seres esvoaçantes que por lá labutavam, sentiam que as rosas esmoreciam sob o sol quente da Primavera. Mas os grilídeos cantantes não aceitavam, nem confessavam a razão. Esses grilos cantantes e o seu líder continuavam a governar um jardim fantasiado de irrealidades que só eles enxergavam. Líderes de diversas sensibilidades, no jardim, já tinham lançado um zunido de alarme que o líder dos grilos teimava em ignorar. Aquele zoar exigia a verdade e incomodava os grilos cantantes que logo mudavam de registo e estridulavam para negarem a crua realidade que se instalava no jardim quadrilongo. Um despesismo voraz convertia-se numa praga insaciável que se abatia sobre o jardim que acordava de uma invernia tão castigadora. E, no jardim, o descalabro abria um buraco descomunal. O efeito era inacreditável! Os habitantes do jardim, confiantes, jamais pensaram que tal grilharia incompetente pudesse causar tamanha devastação. "O" vespa-rainha, num relance às rosas que feneciam, não queria perder a oportunidade de protagonismo e, num zumbido estridente, fazia-se ouvir por todos os recantos do jardim. Era o zumbido que obrigava o líder dos grilídeos, no seu canto embalador, a anunciar que uma crise assolava o jardim. E, para remediar a desgraça que se abatia sobre o jardim que governava, o grilo-líder acabava de encontrar o seu par, "o" vespa-rainha, que lhe dava a mão para o tango polífago de ataque  à crise. Os grilos cantantes já não podiam negar o grande buraco escavado no jardim e, em desespero de causa, exigiam sacrifícios àqueles seres esvoaçantes que por ali granjeavam duramente sem que tivessem, afinal, contribuído ou ajudado a cavar o tal buraco no jardim quadrilongo, a oeste da Ibéria.

publicado por momento do café às 09:47

31
Mar 10

"Aquele" vespa foi emergindo em busca de um crescimento seguro. Na realidade, "considerado como um outsider",  de forma calculada, foi construindo o seu ciclo de maturação política. Soube aguardar a circunstância e o momento que fossem favoráveis à sua eclosão como vespa-rainha. Combativo na acção, soube, com clareza, comunicar a sua pretensão, o seu ânimo e o seu charme mobilizaram uma maioria de vespas, um enxame no apoio à luta pela liderança que tanto ambicionara e que o levou à vitória. E o novo líder nasceu. E, naquele vespeiro, assume o poder que acabou por conquistar nas eleições. E este novo vespa-rainha conhece tão bem aquele vespeiro. Sob o lema da mudança, pretende congregar as diferentes sensibilidades que caracterizam o vespeiro. Traça um rumo de firmeza para a sua liderança. Sabe que vai liderar vespídeos com um ADN tão sui generis que, a qualquer momento, podem soltar um zoar ensurdecedor que coloca a nu as divergências adormecidas e acentua as vulnerabilidades que podem abalar as estruturas do vespeiro. E uma outra vespa saberá aproveitar o momento, emergirá prontamente e, zumbindo incessantemente, atormentará, amesquinhará e, impunemente, provocará o desgaste... do novo líder que acabou de nascer.

publicado por momento do café às 19:44

16
Fev 10

Há muito, muito tempo, existia, a oeste da Ibéria e plantado à beira-mar, um lindo jardim quadrilongo onde viviam uns gafanhotos gigantes que saltitavam sem limites e, unidos num incontrolável apetite, buscavam o momento de aproximação aos canteiros floridos para que pudessem assaltar todos os recursos que os conduzissem ao mais promissor e farto devorismo. Com ambição voraz, arrastavam muitos outros gafanhotos movidos pela ganância e, como animais predadores que eram, convertiam-se numa praga insaciável que, em operações devastadoras menos claras, desbaratavam as sementinhas que tantos insectos incautos, que neles confiavam, haviam colocado à sua guarda. E por lá se iam instalando aqueles gafanhotos gigantes, máscaras de seriedade que escondiam a avidez pela colheita fácil e provocavam um enorme flagelo predatório no jardim, infligindo danos aos insectos que neles confiaram.  O efeito era inacreditável. No jardim, os insectos que por lá esvoaçavam definiam-nos como gafanhotos gigantes de bem, confiáveis, acima de qualquer suspeita. Confiantes, os insectos, jamais pensariam que tal praga de gafanhotos gigantes pudesse causar tamanha devastação nos canteiros daquele jardim quadrilongo.  E todos os seres que por ali pululavam, tinham como certo que o gafanhoto com a função de supervisão e zelo, insecto cercado de muitos privilégios, estava atento a toda aquela voracíssima onda polífaga dos gafanhotos gigantes. Mas tal acção não acontecia. Inquirido, face ao tumulto predatório detectado, o gafanhoto  zelador  não aceitava, nem sequer admitia quaisquer falhas na sua função de vigilância e zelo... e propalando a sua ingenuidade e credulidade excessiva nos mais destacados gafanhotos gigantes daquela praga destruidora, levou os insectos, que viviam por todo aquele jardim, a ficarem com a sensação de que, ingenuamente, passara ao lado! E pasme-se! Por fim, o mérito e o reconhecimento para o gafanhoto zelador pelo cabal cumprimento das suas funções de zelo. Era  a meritocracia a funcionar com zelo, no jardim quadrilongo, ali, a oeste da Ibéria.

publicado por momento do café às 21:55
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14
Fev 10

Um sonido ensurdecedor entoado por incalculável número de insectos de todos os quadrantes daquele jardim quadrilongo à beira-mar, ali a oeste da Ibéria, ouve-se e vem no mesmo sentido. É o toque de alerta quando a liberdade de zumbir está em perigo. Logo a grilharia, em todas as frentes, ataca aquele ruído. Nenhum dos grilos cantantes desafina na atitude de protecção ao grilo-mor que se vê confrontado com relevações que, alegadamente, parecem apontar para o seu desejo de condicionar o zunzum disparado por tantos insectos  que se movimentam naquele jardim , soltando um zunido que o tanto o incomodam. Todos os grilos estridulam quando o canto do patrão grilídeo é exposto  ao desconforto da dúvida e planeiam acções para que todo aquele zumbido impertinente não o embarace. É o momento “do toca a reunir” toda a família grilídea, é obrigatório que todos os grilos cantem harmoniosamente. Não há lugar para os desafinados, e os grilos fazem o canto do compromisso, entoando o mesmo estribilho e sem alterações: não comento mexericos

publicado por momento do café às 16:31

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Porto e o Douro

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Boa Nova: Farol e mar

Do terraço vejo o mar...

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