Completam-se 9 anos do "momento do café". Menos presente por aqui, é certo, mas permanece o gosto de escrever que não dispensa o sabor e o aroma do café.
Completam-se 9 anos do "momento do café". Menos presente por aqui, é certo, mas permanece o gosto de escrever que não dispensa o sabor e o aroma do café.
"Abril brilha na lembrança dos malmequeres brancos e singelos que cresciam no jardim da Casa do Torreão e que se estendiam pelas jarras da sala e do oratório que havia no quarto da tia Emíla. Abril deixa descobrir a cor branca dos jarros que emergiam por entre as suas largas folhas verdes que enchiam os canteiros do quintal que circundavam os três grandes tanques de pedra onde a água espelhava as ramadas com os seus primeiros rebentos. Abril traz o aroma da velha laranjeira lá ao fundo do quintal, onde a cor viva dos frutos sobressaía por entre o verde brilhante das suas folhas. Abril abre-se para uma pausa na memória da Páscoa, quando os simbolismos se aceitavam serenamente e nada se questionava: a bênção dos óleos sagrados, o lava-pés, os laudes de sexta-feira santa, a vigília pascal e a festa da Ressurreição. Abril recorda o estalar dos foguetes e o toque da campainha anunciando a chegada da visita pascal e aviva a doçura e o colorido do domingo de Páscoa, cheio de sol e de amêndoas."
* in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt (Excerto editado)
O primeiro dia de mais um abril veio radioso e o cumpriu os desígnios da primavera. Abril começou ensolarado e querendo mostrar que deseja desfrutar da leveza primaveril que procura oferecer mais um ciclo de renovação. Parece que veio com vontade de chutar as sobras do inverno que ainda possam pairar por aí, porque só os dias luminosos podem transmitir o calor que faz acordar a natureza quando o brilho dos primeiros raios de sol afasta a tristeza e a cor cinza do tempo frio e chuvoso, que se quer esquecido. Só os dias quentes fazem crescer as flores de mil tons que matizam os ramos e a folhagem verde que se estende por todos os recantos em que a natureza já evidencia marcas do vigor da primavera que se vai acomodando. Só os dias de sol deixam sentir a miscelânea de aromas que atravessa o céu e perfuma o ar, enquanto uma miríade de insetos, num vaivém constante, lança um zunido forte e contínuo que rasga o espaço azul, onde os pássaros, que voam livremente, soltam os trinados de acasalamento e preparam os ninhos, com azáfama, para a multiplicação. E, se o primeiro dia se apresentou tão vivo e ameno, deseja-se que assim sejam todos os outros que faltam para completar abril e que não se cumpra o velho ditado de ser o mês de águas mil.
Abril está a chegar ao fim e confesso que hoje dei conta que o Momento do café completou 5 anos de existência, no dia 3. Outras mudanças falaram mais alto, e eis-me um pouco arredia da blogosfera. Fica o registo de mais um aniversário. Só para que conste.
Os dragões querem salvar a honra do convento. Rumam à catedral da Luz com um golo de avanço e tudo farão para reunir forças que ajudem a confirmar a vitória que alcançaram no Estádio do Dragão. Na disputa de quem será um dos finalistas à Taça de Portugal, a chama do dagrão vai querer surpreender porque é preciso salvar a honra do clube que tem sido um ganhador, mas que, neste ano futebolístico, tem vivido e oferecido dissabores. Não é costume o dragão voar em nuvens de derrota. Mas o mundo futebol também traz destas surpresas. Até aos melhores. Quanto ao seu adversário, a águia, que está fortíssimo e determinado em tantas frentes, certamente que acalenta o sonho justo de um voo pleno e quererá chegar à final da Taça de Portugal e ganhá-la, uma das etapas determinantes para a afirmação dos seus êxitos. Quanto ao jogo, que haja uma disputa séria e com desportivismo. No final do jogo "Benfica vs Porto", que vença o melhor. Que o melhor em campo chegue ao Jamor para disputar a final da Taça de Portugal e, claro, que seja o meu clube!
Abençoado sejas, café! E não só neste dia mundial. Dás ânimo nos momentos das “quebras” e despertas quando o cansaço nos quer roubar as forças, física e psíquica, que as tarefas quotidianas exigem e nos damos à necessidade daquela pausa, que já não se dispensa, para te saborearmos e nos sentirmos reconfortados. E "quem" melhor que tu, pode dar aroma e sabor, quando, à mesa e em ambiente descontraído, a amizade e o companheirismo se celebram, enquanto se vai jogando conversa mole ou até mais pretensiosa? Abençoado sejas, pois.