E Dezembro, em tom cinzento e frio, consome-se apressadamente como se o quiséssemos resumir aos instantes da celebração do Natal e à preparação dos festejos de mais um ano que finaliza para deixar entrar o novo ano que se perfila para começar. E Dezembro, num brinde a Janeiro que chega envolto numa fina camada de esperança que teimamos em conservar para bem da nossa sanidade mental, esvai-se fugidio e envergonhado na transmissão do testemunho de austeridade, de desemprego, de momentos difíceis que, forçosamente, 2011 terá de agarrar.