Seguro sai vencedor, mas não seguro. A vitória não foi tão expressiva que correspondesse, sequer, à expetativas, quanto mais à derrota histórica da maioria da direita, nem tão compensadora para que não fosse posta em causa a liderança de Seguro. Uma vitória que, na noite das eleições, deixou Antóno Costa aprrensivo como deixou transparecer durante a sua participação na Quadratura do Círculo. Na altura, fiquei com a sensação que este António não deixaria seguro o outro. Não me enganei. Por isso, não estranhei que António Costa se mostrasse disponível para disputar a liderança do Partido Socialista (PS). Nunca uma vitória colocou em causa o trabalho e o esforço de um líder que já venceu duas eleições. E ainda que o líder não mude, nada será como antes. Há uma mudança a acontecer no seio do PS. O partido está dividido. De um lado e do outro, cada António conta os apoios e "as espingardas" para a disputa pela liderança. Para já, fica para sábado a decisão da Comissão Nacional quanto à realização, ou não, do Congresso extraordinário. Aguardam-se os próximos capítulos da história desta vitória na História do PS.