Na anunciada e molhada partida do verão que nem sequer por cá andou e nem pediu desculpas pela sua ausência, são surpreendentes os pedidos de "desculpas" e a assunção de responsabilidades políticas dos responsáveis pelas pastas da Justiça e da Educação. São atitudes que, por mais humildade que deixem transparecer, não passaram de formalidades sem conteúdo direto e consequente, não repõem a credibilidade, são só para cidadão ver. Quem governa pode errar, o ser humano é falível, mas porque detém o poder executivo tem o dever de saber e conhecer, ver e entender, prevenir e evitar erros que possam ocorrer com a decisão que toma e prever as consequências prejudiciais e de difícil resolução que podem emergir antes, durante e depois que todo o processo e os procedimentos sejam iniciados. Não se exige que um governante seja um dotado especialista, mas deve entender e ter conhecimentos sobre a área que tutela. Exige-se que na sua equipa haja gente competente e não os "mártires" que vão carregar todo o descontentamento dos cidadãos quando a "coisa" dá para o torto. Quem governa deve assumir a culpas quando comete errros. Um simples pedido de desculpas não os desculpabiliza de nada. Exige-se, sim, a coragem de tomar uma atitude política, entenda-se, um pedido de demissão.