Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


12
Abr 10

Os problemas comportamentais e de indisciplina que ocorrem na escola podem estar relacionados com o contexto social onde o aluno se movimenta e convive e resultarem, também, da atitude familiar. Muitos pais desvinculam-se dos seus deveres parentais, não investem na construção do projecto de vida dos filhos e estes acabam por ser a projecção do desafecto, do desinteresse, do abandono a que são votados, o que acaba, em última instância, por confirmar e acentuar o desgaste a que os professores estão sujeitos quando a gestão dos comportamentos desajustados que se manifestam na escola se sobrepõem ao cumprimento das tarefas programadas para o exercício tranquilo do processo ensino-aprendizagem. Felizmente, ainda há professores que alcançam êxito na gestão dos comportamentos com que se deparam na sala de aula e na escola, porque a intuição, a ponderação e a subtileza, aliadas à experiência acumulada, resultante de repetidas circunstâncias comportamentais, contribuem para um desfecho positivo que pode ser aferido pelo feedback de respeito e de confiança que acabam por merecer da parte dos alunos. Embora se reconheça que os incidentes comportamentais e de indisciplina que acontecem em contexto escolar possam ser geridos e ultrapassados, eles não deixam de ser episódios marcantes, emocional e psicologicamente, no percurso profissional do professor que, muitas vezes, só, enfrenta esses problemas que não deveriam ficar confinados à sala de aula ou ao local da escola onde ocorrem porque o apoio e a intervenção atempada, responsável e solidária de quem dirige a escola são fundamentais na preservação da coesão de toda a comunidade escolar.

publicado por momento do café às 11:08

25
Mar 10

As relações escola-família continuam a suscitar todo o interesse e estudo, não só pelo conhecimento que se adquire, mas também pela valia que o tema traz à área da Educação. Existem muitos estudos publicados que referem resultados muito positivos quando o envolvimento parental está presente na vida escolar dos filhos. Excluem-se os casos em que a conflitualidade é marcante na relação escola-família e, quando esta parceria não decorre como se deseja, a escola e os seus professores não poderão abdicar das suas responsabilidades, direitos e deveres porque o papel que desempenham na sociedade assim o exige em prol da criação de um ambiente escolar sem perturbações que fragilizem a aprendizagem e a disciplina. Para tal, devem procurar, por todos os meios, estabelecer um patamar de entendimento com os pais para esclarecer, negociar e evitar situações de perturbação e tensão que possam induzir o aluno ao desinteresse, ao absentismo e à condução de comportamentos desafiadores e disruptivos em contexto escolar.

 

 

publicado por momento do café às 00:14

20
Mar 10

Só se exige que os pais se limitem ao “papel de pais” responsáveis e comprometidos com a educação dos filhos. O papel dos pais é fundamental nos bons e nos maus momentos da vida escolar dos filhos, na motivação, no estímulo, na ajuda, na compreensão e no apoio que o aluno precisa quando a avaliação de desempenho não se revela compatível com o esforço e o trabalho demonstrados (a prática do reforço positivo torna-se indispensável). Os professores e os pais exercem responsabilidades bem distintas, compartilhadas, que não se sobrepõem e que, reciprocamente, não podem ser usurpadas ou invadidas. Uma gestão harmoniosa dessas responsabilidades torna visível a confiança entre pais e professores, previne situações de negligência e indisciplina com  proporções que venham a exigir uma intervenção concertada de ambos, traduz a motivação, o empenho do aluno na aprendizagem, a melhoria dos resultados na avaliação do desempenho, o sentimento de apoio e, ainda, o apreço e o respeito dos pais pelo trabalho que professor realiza e o compromisso daqueles na busca de mais conhecimento sobre o processo educativo dos filhos.

publicado por momento do café às 12:25

15
Mar 10

Tomando como adquirido que o envolvimento parental, correctamente assumido, apresenta benefícios para o aluno, o professor deve privilegiar o diálogo com os pais para colher e fornecer todas as informações que contribuam para a melhor compreensão do desenvolvimento do trajecto escolar dos alunos. É necessário que os pais tomem conhecimento das situações decorrentes da aprendizagem (o progresso, o empenho, as dificuldades de aprendizagem pontuais ou mais específicas, o esforço para as superar, a frustração, a falta de interesse, a negligência, a indisciplina, o comportamento) e dos resultados que os filhos vão obtendo na avaliação de desempenho escolar. O acto de aprendizagem não se esgota no contexto espaciotemporal do ensino, isto é, na escola. A aprendizagem começa na escola e deve continuar no contexto familiar através das tarefas de estudo e de trabalho de sistematização conducentes à consolidação e à aplicação segura dos conhecimentos e, simultaneamente, à criação de hábitos de trabalho e de organização do tempo e à interiorização do sentido de responsabilidade. É aqui que o envolvimento dos pais, no percurso escolar dos filhos, é relevante. Os pais devem revelar uma atitude de reconhecida autoridade, não temida, mas respeitada para que se não se confunda com autoritarismo. Os pais responsáveis são exigentes no cumprimento do estudo e do trabalho, intransigentes face à negligência, não dispensam a disciplina e o respeito na escola, e estão atentos aos mínimos detalhes emocionais e comportamentais que os filhos possam projectar no contexto familiar para que, em momento oportuno, colham todas as informações que apontem  a causa e a adequada intervenção.

publicado por momento do café às 13:20

11
Mar 10

O enriquecimento do currículo com as experiências de vida e da cultura familiar dos alunos (multiculturalidade e partilha de saberes e vivências) pode ser um pretexto de aproximação da família à escola. Pela experiência profissional, muitos professores podem afirmar que os pais respondem positivamente quando solicitados para colaborarem em actividades de aprendizagem de conteúdos curriculares e/ou para participarem com os professores na preparação de festas e outras acções programadas no âmbito do projecto educativo de escola. São estas marcantes atitudes de colaboração que reforçam o exercício do envolvimento parental na escola. Hoje, torna-se impensável que a tradicional cisão entre a escola e a família prevaleça porque as funções que as distinguem, apontam para propósitos comuns: o sucesso escolar e a construção do percurso de vida dos alunos.

publicado por momento do café às 14:48

07
Mar 10

Os professores, assumindo-se co-responsáveis pelo percurso educativo do aluno, devem criar estratégias de “inclusão” dos pais na escola para que estes sintam a necessidade da participação na vida escolar dos filhos. Actualmente, a estrutura da família vem sofrendo transformações e as mudanças (princípios, valores, atitudes, comportamentos, ...) que acontecem na sociedade, sob os aspectos económico, social e cultural, são os factores que caracterizam a diversidade que chega à escola. Tendo em mente que o lema actual é a construção de uma escola para todos e o objectivo é o sucesso escolar, torna-se necessário que a planificação dos conteúdos curriculares e das actividades escolares (complemento curricular e extra-curriculares) contemplem, o mais possível, todos  os ângulos distintos e diferenciados que completam a amplitude que essa diversidade toma e que define a sociedade e a escola actuais. Para que tal resulte, é indispensável e forçoso que sejam criadas todas as condições que possibilitem a expectativa positiva de sucesso escolar para todos os alunos, motivo mobilizador para que os pais marquem uma presença mais constante na escola. A par desta estratégia que deve ser desenvolvida e que chama os pais à escola, os professores podem sensibilizá-los para estarem atentos aos sinais de comportamentos desviantes (ex.: o bullying e consequente vitimização) para que, em tempo útil, escola e pais promovam acções de prevenção e, se necessário, tracem um plano de intervenção em casos concretos que surjam no contexto escolar ou no seu perímetro envolvente e que podem provocar resultados trágicos à comunidade onde a escola se insere. A escola, os pais e a comunidade não podem viver de costas viradas. Todos, embora com papéis diferentes, em última instância, têm de se entender para bem do futuro que ajudam a construir.

publicado por momento do café às 21:43

28
Dez 09

A escola, aceitando as vantagens que advêm das relações positivas que se estabelecem com a família, continua a desenvolver e a implementar uma prática de aproximação dos pais para que estes sintam, cada vez mais, a necessidade da participação e do compromisso no percurso educativo dos filhos. É importante acrescentar que o professor deve procurar conhecer os diversos contextos em que o aluno se movimenta e interage (escola, casa, família), independentemente de estrato sócio-económico e cultural de pertença. Assim, o professor pode aperceber-se da relação do aluno com os pais e/ou outras pessoas com quem tem laços de vinculação ou sociais que lhe permitam estar atento às causas subjacentes a alguma situação irregular que interfira no comportamento ou embarace o aproveitamento escolar do aluno, para que, em tempo útil, possa intervir adequadamente, contando com a colaboração dos pais e/ou outros na recolha de informação. Não se pode confundir a participação ou o envolvimento parental com as tentativas que alguns pais encetam com vista a imiscuírem-se nos assuntos e na tomada de decisões no que concerne à elaboração do projecto curricular de escola e/ou de turma, aos métodos e às estratégias adequadas nos processos de ensino e de aprendizagem, tendo como adquirido que as orientações curriculares, pedagógicas e didácticas competem aos professores. Contudo, cabe aos pais e aos encarregados de educação, e é lícito que o façam, questionar a escola e os professores, sempre que verifiquem que as oritenções curriculares, as propostas pedagógicas, os métodos de ensino e as estratégias e actividades de aprendizagem não sejam os mais adequados e condicionem o desenvolvimento e o percurso escolar dos seus educandos.

publicado por momento do café às 23:26

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