África, tão longe e tão perto. Aqui tão perto, sempre presente na memória. E tão longe... na vontade de lá regressar. Aquele momento da partida forçada foi doloroso e perdura na memória. Não houve tempo para olhar uma última vez e dizer adeus. África ficava para trás. No aeroporto, ouvia-se o barulho assustador do grande tiroteio. Era noite. As tracejantes riscavam o céu escuro. O medo sentia-se. Já fazia parte daqueles dias e tinha de se conviver com ele. Os confrontos por toda a cidade tornaram-se frequentes. Deixar África e partir, era uma questão de sobrevivência. E de liberdade.