"25 de Abril de 1974 e o sonho concretizava-se para quem tinha consciência política e perceção do que se passava no país. Até então, residira o medo de emitir opinião diversa do poder instituído. O único direito era calar e vergar ao poder que se impunha e para o qual era exigido um dever incontestável. Não havia direito à subversão. Mas o mundo não se confinava àquele país que coartava o direito à liberdade de expressão, à escolha e ao voto livre nas urnas. Havia, em surdina, o direito ao livre pensamento, à consciencialização e à esperança. E para quem era jovem, fazia todo o sentido agarrar aquela liberdade que era oferecida e com que sonhara..."