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Nov 09

Na escola actual, os professores reconhecem que a aplicação da fórmula cega do currículo construído para um aluno “padrão” cilindra as desigualdades de desenvolvimento cognitivo, nega as vivências diferenciadas, não reconhece a multiplicidade cultural e as assimetrias sócio-económicas, despreza a existência de dificuldades de aprendizagem que podem ser mais ou menos acentuadas, equaliza o ensino para distintos níveis de desempenho e progresso escolares e, inevitavelmente, concorre para o insucesso dos alunos. São os factores sócio-económicos e a multiculturalidade que mais definem as diferenças e marcam a sociedade. Não aceitar a diversidade que existe na sociedade é apostar na contradição, isto é, numa uniformização que, ao nível da escola, compromete toda a acção e trabalho dos professores. Estes preparam-se, agora, para a extensão da obrigatoriedade para doze anos e, como já enfrentaram o desafio do alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos, sabem que a diversidade na escola determina o ritmo de aprendizagem, diferencia a aquisição e a aplicação de competências e conhecimentos, condiciona a progressão e a avaliação de desempenho dos alunos e, sobretudo, põe à prova toda eficiência do professor, quer na luta contra o absentismo dos alunos a quem a escola nada diz, quer na forma como consegue gerir os comportamentos complicados e desafiadores daqueles alunos que frequentam a escola na base da contrariedade. A escola e os seus professores sabem que não se deve embrulhar a diversidade no mesmo currículo. Todos os alunos têm o direito ao sucesso na aprendizagem e quando os professores objectivam a necessidade de concretização dessa igualdade de direito, assumem-se, a nível da educação e do ensino, como geradores de soluções conducentes ao sucesso escolar dos seus alunos. Diagnosticados e criteriosamente identificados os traços que definem a diversidade de uma dada escola, é necessário estabelecê-los como condições orientadoras na construção do currículo “moldável” ao aluno “real”. E não o contrário. "Embrulhar" o aluno num currículo uniforme e claustrofóbico é contribuir para o seu sistemático insucesso escolar.

publicado por momento do café às 21:28

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