Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

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Nov 09

Uma nova classe de gente ajeita-se, talentosamente, na política e na sociedade. De visão rápida e circunstancial, olha o momento que não pode ser desperdiçado. Agarra a oportunidade com a avidez exacta à sua desmesurada ambição pessoal e política. Sem perda de tempo, perfila-se e prepara-se activamente para não perder o comboio da democracia de que se apropria. Apercebe-se das vantagens na prestação de altos serviços ao país e ao povo e, pela democracia, vale todo o sacrifício exigido. Adapta-se, às mil maravilhas, a todas as situações. É gente que veste um disfarce de pudor e dignidade para envolver um falso compromisso democrático num gesto de  altruísmo. É a sua democracia que prevalece, muito particular, muito ao sabor da sua cobiça desenfreada. Esta nova classe de gente, bem acomodada à sombra do mundo político, oculta uma pardacenta face para, subtilmente, alcançar o propósito de colher os proventos que a engordam e as regalias que a sustentam. Não há tempo para questionamentos éticos e morais. Na prática de um cargo político, além do prestígio inerente, tem a livre movimentação nos meandros do circuito político para estabelecer a construção do “carreirismo político”, onde colhe privilégios e favores e obtém o currículo tão adequado e plenamente conseguido que lhe facilita a acessão, no futuro, a um lugar oferecido por outros poderes satélites que, tantas vezes, definham o poder do Estado. No perímetro das relações que se organizam em redor do poder político, esta nova classe de gente, em fases da sua ambição e ganância, parasita os sucessivos caciques, insiste, atinge o plano de maturação na arte de ganhar prerrogativas, de exercer influências e mover interesses. Tem a conveniente atitude de aceitação e comunhão das decisões do poder político que toda a sociedade escrutina democraticamente, respeita e crê impoluto e acima de quaisquer suspeitas. Esta nova classe de gente que vive ajustada ao tom cinzento de princípios e de valores de conduta, lança a descrença e a indignação nos cidadãos que acreditam que a verdadeira democracia se exerce na igualdade de direitos e deveres e que ninguém está acima da lei.

publicado por momento do café às 13:06

Quando sou obrigado a utilizar o Serviço Nacional de Saúde assalta-me uma onda de compreensão pelas pessoas que aqui se descrevem.
Fulano a 21 de Dezembro de 2009 às 09:33

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