Costa é um "desmancha" vitórias dos outros. Costa não gosta de vitórias pouco expressivas e, tal como já se viu nas eleições que A. Seguro disputou e ganhou, procura o protagonismo, estraga a festa! Costa sofreu uma derrota nas Legislativas e, contudo, ei-lo a acenar à esquerda com a bandeira do entendimento para a formação de um provável governo. A jogada à esquerda, sem que perca o contacto com a coligação de direita, coloca Costa na posição de charneira. Neste impasse de vaivém, enquanto tem conversas que diz inconclusivas com a direita, colhe convergência e cedências da esquerda. Resta saber para que lado Costa vai bater com a porta e a quem a vai abrir para a governação do país. Após as eleições, Costa é quem mais ordena... E o que fará o Presidente da República?
E, neste dia de outono ensolarado e mar tranquilo, enquanto o barco à vela navega, Portugal, mergulhado nas vagas de indefinição, ao sabor dos ventos imprevisíveis que sopram dos quadrantes políticos à esquerda e à direita e legitimados pelo voto livre dos seus cidadãos, fica à espera do rumo que Costa, feito timoneiro, parece querer traçar para a sua governabilidade.