“Isto” do novo acordo ortográfico não me foi imposto de ontem para hoje. Em 2010, quando vi que a estação de televisão pública começava a usá-lo e que a comunicação social, a pouco e pouco, o ia introduzindo, também fui interiorizando que era preciso agir porque não havia esperança no retrocesso, ainda que sozinhos e islolados no compromisso da aplicação do mesmo. Assim fiz. E, como diz o velho ditado, “se não os podes vencer, junta-te a eles”. Depois, foi a vez de passar a ser obrigatório, quer no ensino privado, quer no público. Foi a altura em que, definitivamente, deixei-me de polémicas e de negação. Na escola, as crianças da família estavam a aprender a ler e a escrever segundo o novo acordo ortográfico e, claro, era mais uma razão para aceitá-lo, embora contrariada. A verdade é que, na Administração Pública, ele já lá está e, também, nas empresas privadas e nos estabelecimentos comerciais e outros. Há muito que vamos visualizando a nova grafia de muitas palavras do nosso quotidiano, como fatura, receção, direção, diretor, aspeto, etc. e, como diz o poeta, estranha-se. E muito! Mas o novo acordo ortográfico vai acabar por se entranhar.