Quando o mundo se uniu para mostrar, sem medos, toda indignação e o repúdio pelo terror por que passou o coração de França e que tantas vidas ceifou, quando uma multidão de diferentes credos, raças, culturas, línguas, nacionalidades se juntou em solidariedade pela perda de vidas e gritou “je suis Charlie” porque a liberdade de expressão foi ferida de morte num país democrático, que conclusões se podem tirar da forma ligeira e indiferente como a comunidade política internacional, que também marcou presença e marchou em Paris no passado domingo, olha os massacres cometidos na Nigéria, em nome de um fanatismo religioso e doentio que não respeita ninguém, nem as crianças que armadilha para as fazerem explodir, tragicamente, em mercados pejados de gente anónima e inocente que perde a vida em resultado de atos desumanos. Tragédias duras, insegurança latente e a ineficácia na atuação contra um grupo terrorista que já sequestrou jovens mulheres, que torturou e que, sem dó nem piedade, não respeita a vida humana e ataca, barbaramente, o povo desprotegido. Até quando? Se na Europa "Je suis Charlie", face à brutalidade cometida num país de África, continente onde nasci, "Je suis Nigéria"!