Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


27
Fev 14

Fevereiro a terminar com uns laivos de "março, marçagão, de manhã inverno, de tarde verão". E foi assim o que o penúltimo dia se mostrou.  

publicado por momento do café às 23:12
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24
Fev 14

Traçado na dureza sombria do granito, o Porto desce ao Douro, estende-se da Ribeira à Foz. Desfruta o Passeio Alegre e refugia-se no Castelo do Queijo, espreita o mar, por momentos, antes de alcançar o Parque da Cidade onde descansa e ganha fôlego. Sobe a avenida da Boavista, faz um desvio até à Casa de Serralves para respirar arte e beleza, dá um salto à Casa da Música onde bebe as batidas ritmadas dos sons musicais que lhe relaxam o corpo e sossegam a alma. Sobe e corre do Marquês às Antas, passa pelo Dragão, vive as emoções, e alarga-se até Campanhã para descer ao Freixo e desembocar, de novo, no Douro. De relance, olha Gaia, mas não se detém. Percorre a margem, olhando as pontes que partlham e o olhar alcança a muralha Fernandina, lá no alto. No funicular dos Guindais sobe à Batalha e, da escadaria da igreja de Santo Ildefonso, enxerga a rua de Santa Catarina. Decide-se pela rua 31 de Janeiro e, não perdendo de vista a imponência do seu ex-libris lá no cimo, a Torre dos Clérigos, passa a igreja dos Congregados, toma a avenida dos Aliados para, da Praça Humberto Delgado, apreciar o edifício da sua Câmara Municipal. Sobe à Trindade e inverte o seu caminho para regressar à beira Douro. Passa por S. Bento, olha os seus azulejos. Desce a rua Mouzinho da Silveira, olha o Mercado Ferreira Borges e o Palácio da Bolsa. Visita a Casa do Infante e está de regresso à Ribeira. Consciente de todo o percurso que o seu traço de granito toma, atreve-se a perscrutar o âmago da sua alma granítica que se reflete nas águas do seu Douro e no brilho de fachadas de azulejos coloridos que recolhem e espelham a grandeza da sua gente tão genuína e franca. Orgulha-se do seu sotaque. Único e inesquecível. A pronúncia do Norte, sem complexos. Umas vezes, apimentada, em jeito brejeiro. Outras vezes, frontal, certeira, sem rodeios, que desaforo não se leva para casa. A sua gente sem máscara! Livre e calorosa para acolher, incondicionalmente e sem preconceitos, quem a respeita e a aceita tal qual como ela se mostra. A sua gente das contas à moda do Porto e de enorme coração. E este Porto, feito granito transmudado em vida e emoção, confunde-se com a maneira de ser e estar da sua gente moldada na dureza de antes quebrar que torcer. Este, sim, é o Porto que eu amo.

publicado por momento do café às 11:39
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22
Fev 14

A espera no aeroporto fora por mais de 24 horas. Por fim, sob um forte tiroteio próximo do aeroporto, o avião levantou voo. Foi há tantos anos que desembarquei em Lisboa, trazendo o filho ao colo para recomeçar a vida. Mas esses tempos difíceis que acompanharam o recomeço ficaram bem arrumados lá no passado. Como dizem os Xutos e Pontapés, o passado ficou lá trás… Havia juventude, havia garra e nada metia medo. Era preciso reconstruir o presente de forma a assegurar o futuro. A vida cumpria-se caminhando e olhando em frente. E vieram mais filhos. Era preciso garantir a melhor herança, a formação, a mais perene e útil que se pode deixar aos filhos. Já os meus pais pensavam assim, e foram os estudos e a minha formação que permitiram o meu recomeço aquando da descolonização. Depois de criados os filhos e chegado o tempo de deixá-los ganhar asas para voarem e tornarem-se independentes, era o momento de eu "arrumar as chuteiras". Era o tempo para o descanso merecido. Pura ilusão! Veio a crise para a qual não contribuí. Nunca vivi acima das minhas possibilidades e juntar filhos a estudarem na universidade não foi pera doce. Agora, nesta altura da vida, olho o meu país a tentar sair da crise em que mergulhou, sinto-me “vítima” da austeridade como tantos outros cidadãos e constato que, afinal, os muitos ou poucos anos que possa viver serão sobressaltados por outras medidas pós-troika que se anunciam e que continuarão a consumir-me o ânimo e a esperança, ao ponto de, preocupadamente, me questionar sobre qual será o futuro dos meus filhos e netos. O tempo de  juventude ficou lá trás, a garra ainda resiste, mas o medo ensombra o presente que me é dado viver. Receio o futuro. Já nada espero deste país, nem da rapaziada, (como um comentador já chamou), que nos governa. Só me resta lamentar e dizer que nos faz falta uma Praça da Independência. Eu seria mais uma a engrossar a mole humana de grisalhos… 

publicado por momento do café às 10:12

14
Fev 14

Viva o Amor! Ele anda no ar. E, em dia de S. Valentim, com ênfase e paixão. De olhos nos olhos e nos presentes que se trocam, fazem-se juras e festeja-se o amor. Eterno, ou até ao próximo, o amor é lindo! Irresistível! E com dia marcado no calendário. Quem fica indiferente à beleza de uma rosa vermelha e ao apelo dos corações tão decorativos e cor da paixão, que se fazem presentes na rota do amor... e do consumismo? 

(Uma rosa do meu jardim)
publicado por momento do café às 15:44

09
Fev 14

As 11 águias do Benfica conseguirão, em voo rasante e certeiro, anular os intentos dos 11 leões do Sporting que, também e legitimamente, querem vencer? A “luta”, no bom sentido, vai ser aguerrida porque ser líder da 1ª Liga é o sonho e a determinação de cada equipa e dos seus adeptos. Não duvido que ambas vão jogar empenhadamente. É preciso que uma delas derrote a outra porque são adversárias na conquista de três pontos. Querem ganhar para que se ajuste e se marque uma diferença de pontuação entre ambas. Certamente, como atores do espetáculo de futebol, além de ambicionarem a vitória, os jogadores de cada equipa quererão oferecer um bom e bem disputado jogo e que o mesmo não seja ensombrado pelo fundamentalismo dos adeptos. Que ganhe o melhor em campo! Sem confusões, fora e dentro do estádio, e sem situações dúbias no relvado. É o que se espera de mais um dérbi na capital.

publicado por momento do café às 13:44

04
Fev 14

Fevereiro, que fez uma boa receção do testemunho acinzeirado e sombrio que janeiro lhe passou, prossegue encharcadamente chuvoso e frio, exposto à ventania agreste que sopra sem dó, veste o ar plúmbeo que amedronta o sol que se mantém escondido, apesar de desejados o seu calor e o seu brilho, nestes dias de invernia. Fevereiro, tão pequeno, mas enormemente aborrecido!

 

publicado por momento do café às 21:50
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Tradutor
Porto e o Douro

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Boa Nova: Farol e mar

Do terraço vejo o mar...

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