Quem aprova o referendo à coadoção, ponha o dedo no ar! Ui, vejo ali uns quantos jotinhas e mais uns quantos seniores que trouxeram para a ribalta “esta coisa” do referendo que submeteram à aprovação. Exercício da democracia? Eu diria que é mais um ato de preconceito e o receio de assumir que é preciso olhar as crianças que estão no cerne da questão sobre a coadoção por casais hmossexuais.
Do casamento entre homossexuais, legalmente reconhecido em Portugal, um novo modelo familiar surge e os papéis de mãe ou de pai estão simultaneamente atribuídos a duas pessoas do mesmo género. A sociedade é pouco tolerante ou melhor dizendo, muito resistente às mudanças que nela acontecem. Quem foi eleito para representar o povo não pode ignorar e tudo deve fazer para atenuar o preconceito e a resistência face a este novo modelo de família. Encare-se esta realidade que existe na sociedade atual. Famílias com duas mães ou dois pais existem! É lícito que a mãe ou o pai, neste novo modelo de família, deseje que a companheira ou companheiro, respetivamente, tenham direito à coadoção, com direitos e deveres de parentalidade. Amam e cuidam os filhos como a mãe e o pai de famílias tradicionalmente constituídas. O superior interesse da criança e a proteção à família não podem ser ignorados ou esquecidos pelo preconceito e pela discriminação. Apetece-me gritar e dizer com veemência: São crianças, senhores!
Ronaldo, nunca duvidei que a "Bola de Ouro" 2013 estaria destinada a ser bem apertada nas tuas mãos. Ela é tua. E foi emocionante ver no teu rosto as lágrimas que não conseguiste conter. Acredita que nesse momento não estavas só. Quantos portugueses por todo o Mundo não deixaram rolar umas lágrimas de emoção? É bom sentir tanta alegria, juntar-me a esta alegria coletiva de Portugal. O "Ballon d'Or" 2013 é teu. E muito merecido. Ronaldo, só mais duas simples palavras: Parabéns! Obrigado.
Um domingo de janeiro e um clássico de futebol na capital. Do Norte, o FCP vai descer até à Luz para defrontar o SLB e espera-se um jogo determinante. Vamos ver quem descola de quem. É o objetivo de uma e outra equipa. Com o empate do SCP no Estoril, nenhuma das equipas quererá perder a oportunidade da vitória. Um empate "empatar-lhes-ia" a vida e as contas. Por isso, uma e outra tudo farão pela vitória. O receio de derrota será comum, pois será dura pena para a equipa que perder três pontos. A motivação, a vontade de vencer serão máximas para ambas. E, porque SLB e FCP estarão sujeitas a uma grande pressão, a equipa que melhor souber lidar com ela poderá colher os frutos, isto é, os três pontos. Que seja um jogo bom, que o ambiente de sã rivalidade desportiva não seja destruído por atitudes de fanatismo doentio dos adeptos. No relvado, que sejam 11 contra 11, sem intervenções ou decisões dúbias que possam manchar o clássico.
Janeiro tem os desígnios do inverno que ocupa e se apodera do tempo e do espaço no calendário das estações para, desapiedadamente, impor os seus “obscuros” predicados, o nevoeiro e o frio ou a chuva intensa e vento agressivo que tornam os dias tão sombrios. Janeiro, que inicia um novo ano, também traz laivos de mudança e hoje relança o tão esperado feixe luminoso que vem lenificar o estado de tristeza que fomos amontoando nos dias cinzentões por que passámos. Certamente, esses dias voltarão porque o inverno é que mais ordena. Mas, em janeiro, um dia de sol sabe tão bem, aquece o corpo e ilumina alma. E faz-se uma pausa para o momento do café.
Vai-me uma tristeza na alma. Sinto que há pessoas que serão eternas e nunca pensamos que um dia, também, elas partirão. Temo-las como imortais. E são. Eusébio tem essa dimensão de imortalidade. Na memória e no coração. Até sempre, Eusébio!
Envolto numa chuva impertinente e tocada a vento, com festejos de cor e euforia, 2014 é o presente que a vida nos oferece e que, nos próximos e restantes 363 dias, iremos desembrulhar. Os segredos que ele esconde, a áurea do mistério que encerra, o desencanto da novidade que queremos descobrir predispõem-nos para que este novo ano seja encarado com a muita precaução e receio. “Novo ano” tem implícito o desejo de vida nova, de mudança de factos e de atitudes que venham fazer a diferença para que 2014 não se resuma à mera e festiva passagem que marcou a rotina dos dias que correm. Afinal, desejamos que algo mude, que se quebre o enguiço que nos persegue, mas o que nos aguarda não parece ser simpaticamente promissor. E para que não nos deixemos abater, perante o futuro que nos pintam tão sombrio, façamos das tripas coração e digamos: já que chegou, 2014 que venha “para o que der e vier”. Que venham mudanças, mas as boas mudanças. E como as queremos! Que os sacrifícios a que nos sujeitaram por via da crise tenham valido a pena, sob pena de deixarmos que a indignação que sustemos consiga extrapolar a esperança que ainda nos sustenta e nos sustém.