Acabado de entrar, “pisou” o nosso espaço e tomou conta do nosso tempo, este agosto por que tanto suspirámos. Há quem não se contenha e diga meu querido mês de agosto, bem-vindo! Pensamos nele com aquela sensação de que, em cada dia agradável que cumpre, nos imprime uma leve nostalgia e nos deixa a marca da saudade. Talvez, por isso, em cada ano que passa, suspiramos tanto pelo seu regresso. O desprendimento com que chega, os horários que rasga, as rotinas que quebra, as obrigações que chuta, o sabor a férias que traz, ainda que a não as gozemos, que vida está difícil, dão-lhe um gosto tão especial. Traz uma espécie de “pasmaceira” que nos atrai, que nos envolve nas 24 horas de cada dia, que nos empurra para o compromisso com o ócio e logo nos faz colar ao direito à preguiça. Por isso, agosto também é cansativo, exige golpes de ação para que possamos sacudir a preguiça que tem o condão de tornar os dias em inutilidade absoluta e cansaço dispensável. Ganhemos, somente, o ritmo leve, a cor suave e o sabor fresco dos seus dias aprazíveis. Sintamos que as obrigações, as inevitáveis e inadiáveis, possam tomar o colorido mais luminoso deste agosto em consumo e com breve prazo de validade. Deleitemo-nos com ele. Deixemo-nos envolver, pois, na agradável leveza de agosto.