No calendário dos dias, julho irrompeu insosso, a outra metade do ano teve início e segue condicionada à míngua dos euros... Já sobrevivemos a meio ano de dias austeros e a metade complementar chega forçosamente colada à "imoralidade" da situação que vivemos. Não a causámos e carregámo-la, sim! Contamos com outros tantos dias de sacrifícios, muitos de contrariedades que, acomodadas ao nosso quotidiano, nos comandam, e de tal modo, que nos encostam à fronteira entre a resignação e indignação, sempre em desequilíbrio e reequilíbrio que se alternam, porque a esperança, a grande ausente, falha ou é tão diminuta que pouco se vislumbra à luz do sol, em recessão, neste julho atípico que cumpre os seus dias.