Em contagem decrescente para o concerto no pavilhão Rosa Mota...
Em 29 de setembro de 1963, nascia Mafalda do cartoonista argentino Quino. Mafalda, a criança de 6 anos, lúcida, crítica e politizada questionava tudo. Temas como o capital e o modelo burguês da sociedade de então, o imperialismo e o comunismo, a guerra fria, o racismo e as injustiças sociais estavam presentes e embaraçavam todas as outras personagens com quem interagia. Fã dos Beatles, Mafalda detestava qualquer tipo de sopa e afirmava que "a sopa está para a criança como o comunismo está para o capitalismo". (imagem internet)
O outono chega quente. Benevolente, oferece-nos o sol como se quisesse roubar os dias iluminados e quentes que o verão, em obediência ao calendário estacional, deixou para trás. O outono gosta de nos presentear com aquelas sobras que o verão, na pressa de partir, deposita nas suas mãos porque, inexoravelmente, tem de cumprir a partida que o cronómio lhe impõe. Mas não tarda muito e o outono consciencializa-se de que é dono do seu tempo e, cumprindo-o, desenvencilha-se da réstia de sol e do calor para nos enlaçar na ventania fria, desagradável e violenta que, sobre o chão, estende o tapete de folhas soltas e secas que só a natureza, na sua paleta de cores, sabe matizar na conjugação perfeita das tonalidades outonais. E, silenciosamente, o outono manifesta a sua essência e sua vontade. Já sem disfarces, toma conta do seu destino e lança a atmosfera outonal que nos envolve sob uma chuva fria, insistente e inesperada que nos encharca e nos definha os dias, num prenúncio do Inverno...
Decorridos tantos anos, África continua tão longe no tempo e no espaço. Remetida ao passado e à lonjura, perto nas memórias desse tempo. Perto... porque não posso cortar a ligação natural e a emoção que me unem a África. A ela, sinto-me presa por um cordão umbilical, afetivo e de encantamento. Dom mágico de me prender e marcar. Ficam as memórias do passado, lembranças que povoam e alimentam o quotidiano da minha realidade (re) construída tão longe. África que não quero esquecer, nem alienar. África, "perseguição mágica" infinita, enfeitiçamento! África que não deixa esquecer o cenário por onde uma parte minha vida se cruzou.Só ela possui o feitiço de me perseguir para sempre. Vivências únicas. Marcantes no modo de ser e estar. Feitiço perene... África, tão perto e tão longe, tão amada e sentida. Sempre presente.