Convicção é a máscara do político que sobe ao palco da luta pelo poder. Guião traçado, cenário montado e toma o protagonismo para inflamar a plateia. Em registo acintoso, lança farpas, contesta e amarfanha tudo que os opositores, em contracena, pensam, afirmam, questionam, propõem. Com audácia provocatória, nega-lhes as respostas que insistentemente buscam, desvaloriza dúvidas, esquiva-se às interpelações. Tenta estigmatizá-los. Quer chamar para si o papel principal, arrebatar e o envolver os concidadãos desprevenidos e crédulos para deles receber os aplausos incondicionais que serão traduzidos em votos. Quer resistir nas urnas. Conseguirá?