Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


18
Out 09

A vespa-rainha afirma-se legítima líder na condução do vespeiro. Os maus resultados puseram-lhe a cabeça a prémio, mas aguentou-se. Alheia ao zumbido ruidoso que parece exigir-lhe a demissão imediata, segue na liderança do vespeiro. Mas promete deixar de ser a vespa-rainha na próxima primavera. Para já, zumbem as vespas que contrariadas pelo propósito da vespa-rainha continuar na liderança, já se preparam para a luta renhida pela sucessão. Uma vespa vai-se pondo a jeito, procurando apoios, congregando esforços na formação de núcleos de aceitação entre muitas vespas que voam na busca de poiso onde possam parasitar em torno do "poder". Outra, em momento de franca ponderação, "pondera" candidatar-se como líder do vespeiro, na hora da sucessão. O acto de ponderar limita-lhe o zumbido. O vespeiro sempre foi muito sui-generis. Alimenta-se do próprio zumbido dissonante e do turbilhão ensurdecedor de “ferroadas” polémicas e divergentes em torno da vespa que, em dado momento, lidera o vespeiro. Desde a sua fundação, o vespeiro sempre se caracterizou pela emergência de inúmeras sensibilidades que tornam vulnerável a sua união e sustentam a ambição de umas quantas vespas. A sua história é construída pelo zumbido constante. O zunzum descontente sempre esteve incomodamente presente para fazer emergir uma qualquer vespa ambiciosa e catapultá-la como o novo líder do vespeiro. Nem sempre consegue os intentos, mas não silencia. Faz parte do ADN do vespeiro. Não sobrevive doutra forma. Tal como no passado longínquo ou mais próximo, o papel de vespa-rainha não é fácil nos dias que correm.

publicado por momento do café às 19:04

16
Out 09

O tempo urge. Indigitado para primeiro-ministro, é preciso formar o governo. O apoio parlamentar já não é como era. Democraticamente, o povo escolheu uma maioria relativa. A maioria absoluta deu lugar a uma “minoria” que nenhum dos outros partidos políticos do novo desenho da Assembleia da República quer dar a mão. Estes, agora, formam uma maioria. A máscara de arrogância e teimosia que colheu o apoio de uma maioria parlamentar que tão bem o serviu, deu lugar ao propósito dialogante. Foi um rápido e oportuno delete. Seguiu-se um download de brandura, tolerância, uma mostra de humildade para que um dos interlocutores convidados ao diálogo colhesse bem a intenção de governar em coligação ou com acordos parlamentares. Mas não colheu qualquer vantagem. A minoria, resultante da vitória que colheu nas urnas, vai ter que se aguentar “à bronca” para cumprir um programa sozinho.

publicado por momento do café às 01:20

13
Out 09

Ontem, deixei aqui um reparo sobre os cartazes que acabam por perder a cor e vão sendo consumidos pelo tempo que perduram pendurados, por aqui e por ali, depois de passadas as eleições.
No concelho de Matosinhos, por onde passei, tive o ensejo de ver que já começaram a retirar os cartazes de propaganda política. Apraz-me registar o que vi. Espero que a onda não se limite à Senhora da Hora e  que o exemplo se estenda e a “limpeza” avance por todo país.

publicado por momento do café às 17:15

12
Out 09

Terminadas as últimas eleições agendadas para este ano, só resta esperar que os cartazes que “enfeitam” toda a paisagem, não se eternizem por aí. Os políticos e seus apoiantes deveriam ter o cuidado de limpar os cartazes com o igual afã com que os colocaram nos locais estratégicos para chamar atenção dos transeuntes eleitores. Espera-se que não fiquem por aí espalhados, a perder o colorido, a envelhecer e sem o interesse de quem passa, despertando a crítica pela limpeza que tarda.

publicado por momento do café às 20:05

09
Out 09

O Outono entrara e fora oferecendo as sobras que o Verão lhe deixara na ânsia de partir para cumprir escrupulosamente o calendário e assumir o seu papel noutras latitudes. Entrara tão de mansinho, enlaçara aquela réstia de verão até que sentiu que ela lhe coartava os ímpetos e, sem demora, cansou-se de esconder a sua verdadeira índole sob um céu azul e por trás de tantos dias iluminados e quentes com que presenteara muita gente. Cansado, desenvencilhou-se daqueles restos de Verão que teimavam em iludir todos e que a todos baralhavam. Estava decidido. Chegara o momento de tomar em suas mãos o seu destino e a sua marca como elo de ligação entre o verão e o inverno. Reconhecera que era dono do seu tempo, que o desenrolar dos dias e meses era seu. Quis manifestar toda a sua essência e vontade. Por fim, era o tempo de impor a sua verdadeira natureza. Deixou-se de disfarces e lançou-se numa inesperada ventania. Folhas, ressequidas e desorientadas, invadiram e encheram de tons outonais, tão orgulhosamente únicos, todos os espaços nos campos, jardins, ruas, caminhos. Mas ainda não estava satisfeito. E para completar a apresentação de todo o seu quadro estacional, uma chuva impertinente caiu, encharcou violentamente tudo, marcou o fim daquele encantamento com que a atmosfera outonal privilegiara a natureza. Foi como se o Outono quisesse reafirmar o princípio de um tempo que é todo seu.

publicado por momento do café às 01:17

06
Out 09

O papel de vespa-rainha não é fácil nos dias que correm. No seio do vespeiro, a sua vontade não é suficientemente convincente para congregar, em seu torno, destacados vespões que naquele vespeiro fervilham de ambição pelo poder. As estratégias de acção traçadas para a campanha não foram claras e a derrota acabou por acontecer, colocando a vespa-rainha numa posição delicada face aos resultados alcançados nas eleições. Vencida, mas contrariando o zumbido dos habituais vespões que brigam incessantemente pelo poder e que mostram o desejo de colocarem a sua cabeça a prémio, a vespa-rainha começou a revelar a vontade de envidar esforços para aguentar-se. Como o zumbido pode causar transtornos no vespeiro onde a união se tornou mais vulnerável, anunciou a decisão de não o abandonar  numa altura tão sensível  em que  é necessário que  permaneça unido para a vitória que é urgente nas eleições que terão lugar num momento tão próximo. Mas em torno da sua liderança, o zumbido não vai silenciando e os vespões do costume tomam posição, cada um coloca-se a jeito, espera o momento oportuno para aplicar o ferrão que afaste, definitivamente, a vespa-rainha do combate e da condução do vespeiro. Depois os vespões, entre eles, encetarão uma luta renhida pela liderança. Entretanto, a vespa-rainha segue alheia ao zumbido emitido pelos vespões...

publicado por momento do café às 00:45

05
Out 09

Quando quatro monárquicos na família afirmam convictamente que no dia 5 de Outubro se comemora a Independência de Portugal reconhecida pelo Tratado de Zamora, em 1143, como republicana, só me resta concordar com a coincidência da data.

 

 

publicado por momento do café às 21:48

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