O tempo urge. Indigitado para primeiro-ministro, é preciso formar o governo. O apoio parlamentar já não é como era. Democraticamente, o povo escolheu uma maioria relativa. A maioria absoluta deu lugar a uma “minoria” que nenhum dos outros partidos políticos do novo desenho da Assembleia da República quer dar a mão. Estes, agora, formam uma maioria. A máscara de arrogância e teimosia que colheu o apoio de uma maioria parlamentar que tão bem o serviu, deu lugar ao propósito dialogante. Foi um rápido e oportuno delete. Seguiu-se um download de brandura, tolerância, uma mostra de humildade para que um dos interlocutores convidados ao diálogo colhesse bem a intenção de governar em coligação ou com acordos parlamentares. Mas não colheu qualquer vantagem. A minoria, resultante da vitória que colheu nas urnas, vai ter que se aguentar “à bronca” para cumprir um programa sozinho.