Breve momento de pausa para quebrar a rotina...

Autoria de textos e imagens do blog é de momento do café


28
Jun 09

Na sala soalheira
virada ao mar,
é só montar
ali no chão
a pista de corrida
para passar
a tarde divertida.
À sua maneira,
a observar
com atenção
tanta brincadeira,
está o João.
Família reunida
“Vuvú”, papá
e o tio Miguel
também lá está.
Os carros alinhados

aguardam na pista.
Ao sinal de partida,
partem, correm
tão velozmente.
Parece que voam.
Ultrapassam.
Empurram,
chocam,
saltam da pista
e arrasam.
O carro salta,
despistado
sai da pista,
e o tio Miguel
tão arrasado
perde-o de vista.

Está fora da corrida.

Fica triste,
tão zangado.

Conduziu
com “velocidades”
- diz o João –
ao ver, assim
tantas habilidades
naquela pista
ali no chão.

 

Rimas Pró João

publicado por momento do café às 01:20
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São Pedro, confesso, não é o santo popular por quem nutro mais afeição. Na terra onde os meus pais nasceram, ele é o santo popular de eleição e este fim de semana será a grande festa, com direito a feriado municipal. Há muitos anos, quando éramos estudantes e sempre que não havia exames a realizar, eu, o meu irmão, o mais novo dos rapazes (são quatro no total e mais velhos) e a minha única irmã, a caçula, por esta altura, já estávamos a passar as férias grandes, lá na terra, porque o meu pai não dispensava a festa de São Pedro. Passara trinta anos em África e esta festa era o pretexto para a confraternização com os amigos de infância e adolescência que também viviam no Porto e regressavam à terra para férias e festejarem o São Pedro. Aliás, a terra era pródiga em festas como a feira de Maio, a grande procissão do Corpo de Deus, em Junho e, em pleno Agosto, aquela cidade enchia-se de emigrantes para a grande peregrinação ao alto da Santa Quitéria. Desse tempo, restam as lembranças de muita gente amiga e familiares dos meus pais que apareciam lá por casa para assistirem à procissão do Corpo de Deus e, no dia da peregrinação, para verem a subida de uma multidão que ia assistir à missa no santuário que fica situado lá no cimo do monte. A casa dos meus pais tinha uma situação privilegiada não só pela sua localização no sopé do monte, mas também pela vista panorâmica que se desfrutava e se estendia sobre a cidade que fica situada num plano mais baixo. O meu pai afirmava que, do torreão lá de casa, a vista alcançava Lousada e Penafiel. Depois a lei da vida impôs-se e já lá vão quinze anos, eu e os meus irmãos vendemos a casa que estava a degradar-se e a sua restauração seria exorbitante para nós e não compensaria, uma vez que raramente lá voltamos e é só para rever os primos mais próximos. A casa foi completamente restaurada por quem a adquiriu e teve de manter a traça original pelo seu passado que reporta ao tempo das invasões francesas, segundo consta. Desde então, nunca mais voltei nem ao São Pedro, nem às festas da terra...

publicado por momento do café às 00:18

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