Claro que fui ver a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades/componente comum a que se sujeitarão muitos professores contratados e que têm hoje o último dia para inscrição. Não vi lá nada que deixasse transparecer que objetivos estão subjacentes para avaliar a competência e a capacidade para ser professor na escola real, onde se encontra toda a diversidade de situações, quer ao nível da aprendizagem, quer ao nível comportamental dos alunos. Um autêntico exemplo da insustentável inutilidade de uma prova que subvaloriza a profissionalidade do professor. Há dias, ouvi o min.º Crato a dizer que, na data em que falava, já estavam inscritos 300000 professores. Logo o raciocínio levou-me para a conclusão: 20€/professor (o custo só desta primeira prova) e 30000 já tinham feito a inscrição, dava a quantia de 600000€ (seiscentos mil de euros para a prova da componente comum). E, ao fim do prazo, muitos mais professores estarão inscritos. Depois virão as específicas, a 15€/cada. Uma questão de euros? Não consegui enxergar… Ou um pretexto para mais desemprego no ensino. As turmas numerosas também vieram ajudar. Aqui acabo de ler a conclusão a que chegaram os especialistas quanto ao guião da prova que já foi publicitada. Eu tinha razão. E como se costuma a dizer na gíria: “foram muitos anos a virar frangos”… e a aturar tanta gente que não entende de educação e nada da escola atual.