Embrenho-me na escuridão.
Sem temor, avanço.
Espero. Perscruto.
Só silêncio e breu.
Aquieto-me. Escuto.
Só o nada se pressente...
Acomodo-me ao momento,
à certeza dormente.
Arredo o pensamento…
Estremeço. Um repente.
Esqueço o pressentimento.
Um arrepio, o medo somente!
Sem emoção, sem lamento.
Só o abismo envolvente.
Sem atalho, sem saída!
O nada me prende.
O medo se ajusta. É a vida.
A angústia latente...
Esta incerteza desmedida.