Austeridade é a terapêutica escolhida. Dói. Cai, em nossas vidas, em doses colossais! Com a advertência de que o tratamento vai afetar, ainda mais, o nosso quotidiano. Será violento. Uma dosagem dura. E o receio de que surjam efeitos contraindicados, até recessivos. No horizonte, o sacrifício e a sombra do definhamento. Não se descarta a hipótese de ser necessário recorrer ao reajustamento da dose prescrita. Acrescenta-se que, não obstante o tratamento agressivo e duro, a cura não fica garantida. Terapia de choque, sem garantia. Sem prazo à vista. Pobre país, enfermo! Vive um dia de cada vez. Umas vezes, com medo. O fantasma de um país exangue. Que morra da cura e não da doença. Outras, com esperança. Contida pelo temor de que possa ser arrancada, a sangue-frio, pelos curandeiros experimentalistas.