“No PS houve quem defendesse que, se perdesse, poderia ficar na Câmara como vereadora. Imagina-se nesta posição?
Não. Vejo-me como a presidente que pode fazer o Porto inverter o declínio em que caiu e é isso que importa discutir neste momento." Aqui
Foi deste modo que Elisa Ferreira, a candidata independente à Câmara do Porto pelo Partido Socialista (PS), respondeu ao jornal SOL. Ao ser-lhe permitida, pela Direcção do PS, uma dupla candidatura ao Parlamento Europeu e às Autárquicas, abriram-se duas alternativas perante os resultados das eleições. Já obteve o seu lugar como deputada no Parlamento Europeu, onde poderá dar continuidade ao seu trabalho, iniciado em mandato anterior. Agora, já está em campanha pela presidência à C.M. do Porto, tem o apoio do Presidente do Futebol Clube do Porto e, talvez como adepta deste clube da Invicta cidade e com o apoio da massa associativa do FCP, os chamados portistas, só se vê como presidente. A cidade do Porto não pertence só aos portistas e muitos destes não estão confinados à cidade e, portanto, nem todos votam no Porto. Aqui, votam os portuenses por nascimento e adopção, entre os quais, estarão muitos portistas que não gostam de ver o futebol misturado com a política. Por muita transparência que haja, há sempre quem desconfie. As sondagens não lhe dão a vitória e, neste caso, afirma que não se vê como vereadora. Ainda bem que, honestamente, revela a sua decisão... Será que, como vereadora, não poderia ter um papel que invertesse o declínio em que a cidade caiu, segundo as suas palavras e do juízo que faz do trabalho de Rui Rio, actual presidente e candidato seu opositor?